Entenda como inibidores de metano podem reduzir as emissões da pecuária

O dióxido de carbono é o maior responsável para a mudança climática induzida pelo homem, mas o metano é o segundo mais significativo, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.

Embora dure menos tempo na atmosfera do que o dióxido de carbono, o metano é cerca de 28 vezes mais potente em reter calor. Reduzir as emissões de metano pode ser uma das maneiras mais rápidas e eficazes de limitar os gases de efeito estufa a curto prazo.

Cerca de 40% das emissões anuais de metano do mundo vêm da agricultura, a maior parte das quais é proveniente da pecuária.

As vacas são de longe as maiores culpadas, emitindo o gás principalmente por meio de seus arrotos —e não flatulências, como comumente se pensa.

Administrar inibidores de metano para as vacas pode ajudar a limpar os arrotos bovinos e, assim, reduzir as emissões —sem a necessidade de fazer cortes drásticos na produção de gado e no consumo de carne.

As vacas e outros ruminantes produzem metano durante a digestão, em um processo conhecido como fermentação entérica. Os inibidores, que interrompem a produção de metano no intestino, estão se mostrando uma tecnologia promissora para lidar com o impacto climático da pecuária.

Inibidores de metano podem reduzir emissões da pecuária

COMO FUNCIONA?

Animais ruminantes, como bovinos e ovinos, têm um pré-estômago ou rúmen, no qual trilhões de micróbios fermentam o alimento dos animais em moléculas que podem ser absorvidas como fonte de energia e nutrientes.

Um grupo específico desses micróbios, conhecidos como metanógenos, produz metano, usando hidrogênio e dióxido de carbono, em um processo que torna a digestão mais eficiente. Mas esse metano não é absorvido. Em vez disso, os animais o arrotam para a atmosfera. Os inibidores funcionam interrompendo o processo de produção de metano, ou metanogênese.

Esses inibidores podem vir em várias formas, como aditivos alimentares ou vacinas. Aditivos alimentares, incluindo 3-NOP (3-nitrooxipropanol) e algas vermelhas, são misturados na dieta da vaca e interferem nas enzimas que facilitam a produção de metano.

As vacinas, ainda em grande parte em desenvolvimento, são projetadas para estimular o sistema imunológico da vaca para reduzir a população de micróbios metanogênicos no estômago.

QUAIS SÃO OS PRÓS E CONTRAS?

Reduzir a quantidade de metano que as vacas arrotam para a atmosfera tem o potencial de reduzir significativamente as emissões do gás, mitigando assim a mudança climática induzida pelo homem.

Alguns estudos também sugerem que os inibidores de metano também podem melhorar a eficiência alimentar, o que significa que as vacas convertem o alimento em massa corporal de forma mais eficaz.

Talvez o maior apelo dos inibidores de metano seja que eles reduzem as emissões evitando grandes perturbações para a indústria da carne e para os consumidores de carne. Mas essa conveniência é compensada por uma série de outros problemas.

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