A vigarice abrigada sob o guarda-chuva conservador nos EUA

Foi uma demonstração extraordinária de unidade em Milwaukee. O autor best-seller que tinha descrito Trump como um "canalha cínico" e o comparou a Hitler foi escolhido pelo dito canalha como vice da chapa republicana.

A ex-pré-candidata rival que o chamara de "mentalmente incapacitado" e declarou, em fevereiro, que votar nele "seria suicídio para o país", reinventou-se como uma cinderela trumpista na segunda noite da convenção.

Na plateia, entre a multidão veneradora, muitos ostentavam curativos quadrados na orelha direita sem ter levado um tiro em comício –se não contarmos a flecha imaginária que, há anos, injetou o estupor acrítico nos seus cérebros.

Sim, podem chamar a convenção republicana de triunfo de unidade. Só não chamem de unidade do movimento conservador. Se o conservadorismo tradicional implicava noções de rigor moral a dever cívico, nada sobrou de conservador neste desfile de vigaristas que dominam hoje o partido de Abraham Lincoln, o primeiro presidente republicano. É gente que faz os "príncipes nigerianos" que nos mandam emails parecerem amadores.

E a normalização da vigarice é completa. Cenas de atentado? Perfeitas para vender bugigangas. Horas depois do disparo do atirador na Pensilvânia, já era possível obter uma tatuagem com a foto de Trump erguendo o punho, cercado pelo Serviço Secreto.

O que você está lendo é [A vigarice abrigada sob o guarda-chuva conservador nos EUA].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...