O que são evangelhos apócrifos, textos que já foram condenados pela Igreja

Em tese, tudo aquilo que importa para o cristianismo sobre a vida de Jesus está contada em quatro textos não muito longos, atribuídos a quatro dentre os primeiros de seus seguidores: Mateus, Marcos, Lucas e João. No total, são 89 capítulos narrando as principais passagens daquele judeu pobre nascido na Palestina que arrebanhou discípulos por suas pregações e, conta-se, teria realizado alguns milagres.

Para os cristãos, estas narrativas contêm "a verdade".

Contudo, é de se imaginar que não foram as únicas versões sobre a vida de Jesus que circularam na Antiguidade. E que, se os evangelhos canônicos se atêm basicamente sobre a vida adulta e a morte —e o episódio da chamada ressurreição—, outros textos também se ocuparam em preencher lacunas a respeito daquele personagem que, nos primeiros séculos da nossa era, começava a se tornar um mito, famoso e conhecido a ponto de fazer nascer, a partir de suas histórias, uma nova religião: o cristianismo.

Chamados de apócrifos, esses relatos que não foram incluídos no cânone oficial da Igreja sempre despertaram a curiosidade de religiosos, pesquisadores e historiadores.

E a própria relação da Igreja Católica com esses textos também mudou: se no início sua leitura era malvista, tida até mesmo como uma postura herética, hoje se entende que esses textos enriquecem a experiência da fé —e se não são considerados "a verdade", ao menos contêm elementos preciosos sobre a vida daqueles primeiros cristãos, os que se ocupavam em assentar as ideias e histórias de Jesus nas comunidades que passaram a seguir essa então nova religião.

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