O Sequestro do Papa é mais uma obra-prima de Marco Bellocchio

Bolonha, 1858. Edgardo Mortara, um menino judeu vivido por Enea Sala, havia sido batizado, seis anos antes, sem o conhecimento de seus pais. A igreja descobre e exige que o menino receba formação católica em Roma. "O Sequestro do Papa", baseado no livro "Il Caso Mortara", de Daniele Scalise, começa com o filho sendo tirado de seus pais.

Drama religioso: o catolicismo oprimindo judeus, e a opressão religiosa como um todo, como bem mostra a cena em que pai obriga o filho a colocar o quipá. Drama histórico: século 19, sobrevivência da Inquisição, movimentos de unificação italiana —o "Risorgimento". Drama familiar: uma família é brutalmente dividida.

Há ainda dois outros dramas: o familiar, com a família brutalmente dividida, e o de tribunal, minoritário na duração, mas importante no desenrolar da trama: o julgamento do caso Mortara após a anexação de Bolonha ao reino da Itália.

Em todos esses registros, o diretor italiano Marco Bellocchio foi majestoso. Este longa mais recente faz parte de uma linhagem que passa por "A Hora da Religião", de 2002, "Vincere", de 2009, "Sangue do Meu Sangue", de 2015, e "O Traidor", de 2023.

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