Inflação dos salgadinhos faz empresas buscarem alternativas para reconquistar clientes

Será que US$ 6 (R$ 32) é muito caro para um pacote de Ruffles?

Depois de quase três anos de aumentos de preços, sinais de que os consumidores já não aguentam mais estão começando a surgir. Na quinta-feira (11), a gigante de alimentos e bebidas PepsiCo divulgou uma queda de 0,5% em relação a 2023 das receitas do segundo trimestre de seu braço de salgadinhos Frito-Lay, resultado de uma queda de 4% nas vendas na categoria.

Na divulgação dos resultados, os executivos da PepsiCo foram questionados se o preço de alguns de seus salgadinhos populares, como os chips de tortilla Tostitos e as batatas Ruffles, está simplesmente alto demais.

Os executivos reconheceram que alguns consumidores estão cada vez mais atentos aos preços, com famílias de todos os níveis de renda buscando mais valor.

"Claramente há um consumidor que está mais desafiado e um consumidor que nos diz que em partes específicas de nosso portfólio, eles querem mais valor para permanecer com nossas marcas", disse o CEO da PepsiCo, Ramon Laguarta.

Para fazer com que mais pessoas peguem pacotes nas prateleiras, a PepsiCo disse que pretende reduzir os preços ou oferecer mais promoções em certos salgadinhos e outros produtos.

"Há algum valor a ser devolvido aos consumidores após três ou quatro anos de muita inflação", disse Laguarta.

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A PepsiCo não é a única empresa de alimentos e bebidas que efrenta dificuldades com consumidores que mudaram seus hábitos de compra nos últimos meses. Como os preços das commodities e da mão de obra dispararam nos últimos anos, empresas de alimentos e bebidas, bem como restaurantes, responderam aumentando constantemente os preços.

No entanto, agora, alguns consumidores estão sem recursos, comprando menos ou deixando de lado algumas marcas em favor outras mais baratas.

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A inflação, especialmente a inflação de alimentos, provavelmente será um tema crucial nas eleições presidenciais dos Estados Unidos deste ano. Nesta quinta-feira (11), o governo relatou que o índice de preços ao consumidor geral havia desacelerado para 3% em junho na base anual, abaixo de 3,3% em maio e bem menor que o pico de 9,1% em 2022.

Mas o custo dos alimentos em supermercados e restaurantes está substancialmente mais alto do que há quatro anos, mesmo que o aumento dos preços tenha diminuído nos últimos meses.

Os altos preços não são apenas consequência do aumento dos custos de commodities e mão de obra, mas também de fabricantes de alimentos, varejistas e cadeias de restaurantes tentando satisfazer investidores, incluindo fundos de pensão e outros.

Preços mais altos aumentam as margens de lucro e pagam bilhões de dólares em dividendos e recompras de ações.

No entanto, agora, à medida que as vendas das empresas de alimentos e o tráfego de clientes de alguns restaurantes começam a diminuir, fabricantes e redes de alimentos estão começando a considerar a redução de preços ou a oferta de promoções para atrair os consumidores de volta.

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