Quando vamos estatizar a CBF?

Entre as maiores empresas do país estão o Itaú, a Vale e a Ambev. Nenhuma dessas empresas se vê como a representante oficial do Brasil. Mas a Confederação Brasileira de Futebol, uma entidade privada, se arvora detentora da brasilidade. Diante de tantos fracassos dessa empresa privada, já passou da hora de estatizarmos a CBF.

Em época de hegemonia de pensamento pretensamente liberal, falar em estatizar é quase um crime. Com certeza surgirão aqueles que chamarão este colunista de comunista, afinal basta trocar uma letra. Mas estatizar uma empresa não precisa ser feito nos moldes comunistas.

Em outras épocas, como nos mandatos de Vargas e Juscelino Kubitschek, governos claramente capitalistas, tivemos a estatização de empresas com o intuito de, a partir do aporte governamental, dinamizar o setor privado.

Há determinadas circunstâncias históricas do capitalismo nas quais as empresas privadas não conseguem alavancar a economia e a sociedade por si sós. Que empresa privada seria capaz de construir a Companhia Siderúrgica Nacional? Qual capital conseguiria levar eletricidade e telefonia a todo país?

Nenhuma empresa privada teria sido capaz de fazê-lo: os custos eram muito altos e os lucros a longo prazo baixos. Foi aí que o desenvolvimentismo mostrou sua razão histórica de ser. O Brasil moderno, industrial, foi constituído não através do liberalismo voluntarista, mas do desenvolvimentismo.

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