Sentimento antirregime cresce em Cuba três anos após protestos

Na semana que passou, completaram-se três anos dos surpreendentes e inéditos protestos que tomaram a ilha de Cuba em 11 de julho de 2023. As razões daquele levante tinham sido o crônico desabastecimento de alimentos e medicamentos, os apagões e a queda abrupta da entrada de divisas ao país por causa da pandemia.

O movimento foi liderado por jovens cansados do regime ditatorial, principalmente aqueles ligados a distintos grupos artísticos, uma vez que a gestão encabeçada por Miguel Díaz-Canel, sucessor dos Castro (Fidel e Raúl), havia imposto nova regulamentação e controle sobre as atividades artísticas. Nas ruas, ouvia-se gritos de guerra como "abaixo a ditadura" e "pátria e vida" —em contraposição ao lema revolucionário "pátria ou morte".

A repressão foi brutal, e o recado era claro: "Nem tentem fazer isso novamente". Mais de 8.000 pessoas foram presas e, depois, julgadas e sentenciadas a penas absurdas.

Se na ilha o crime de tráfico de pessoas menores de idade leva no máximo a cinco anos de prisão, e o de órgãos, dez anos, os que cometeram "crimes contra a pátria" naquele dia receberam sanções de dez a 30 anos de reclusão, segundo a ONG Prisoners Defenders.

A entidade também aponta que, enquanto antes daqueles protestos havia cerca de 160 presos políticos nas cadeias cubanas, hoje eles são mais de mil. Pelo menos 30 desses são menores de idade.

Os alertas foram claros, e a repressão foi dura. Porém, o clima de revolta está longe de ter sido contido nesses últimos anos.

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