Ainda Temos o Amanhã deve mais à questão feminina que ao cinema

"Ainda Temos o Amanhã", de Paola Cortellesi, trata da primeira eleição em que as mulheres tiveram direito a voto na Itália. Isso aconteceu em 1946, no imediato pós-guerra, e é uma pena que os filmes neorrealistas não tenham abordado o tema, talvez por terem sido feitos por homens, talvez machistas como o marido de Delia, vivida pela própria Cortellesi.

Não tão machistas, espera-se. A existência de Delia é árdua, e não apenas pela pobreza. Ela também apanha quase diariamente de Ivano, o marido. Ele bebe e fica violento. Quando não bebe, também não é lá essas coisas, mas é o momento em que, por vezes, pede perdão pelo comportamento animalesco e jura amor eterno, essas coisas.

O "maitre à penser", vamos dizer assim, de Ivano é seu inacreditável pai, Ottavio. Além de apalpar a nora sempre que pode, dá conselhos ao filho. O mais relevante deles diz respeito ao trato com as mulheres. Ele diz que não deve bater com frequência na mulher, porque ela "pode se acostumar". Bata, sim, mas uma surra exemplar, que ela não esquecerá.

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