Veja o que disseram os principais nomes da eleição na França após surpresa da esquerda

Os principais protagonistas das eleições da França repercutiram, neste domingo (7), as projeções de boca de urna que indicam a coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) como a mais votada no segundo turno das eleições legislativas francesas.

O resultado foi considerado uma surpresa. Com isso, a esquerda torna-se o maior bloco parlamentar em uma França partida em três. As primeiras projeções foram divulgadas às 20h de Paris (15h de Brasília), após um pleito marcado pela ascensão da ultradireita, pelo forte comparecimento às urnas (67%, o maior desde 1981) e pelo temor de quebra-quebra.

Com 100% da apuração, a NFP somava 182 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela coalizão Juntos, do presidente Emmanuel Macron, com 168 cadeiras, e pela antes favorita Reunião Nacional (RN), de ultradireita, com 143 deputados. Antes, esses blocos tinham, respectivamente, 150, 250 e 89 assentos. Outros partidos de direita ficaram com 60 cadeiras; outros de esquerda, com 13 vagas.

EMMANUEL MACRON

De acordo com a AFP, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu neste domingo (7) prudência após serem divulgadas as primeiras projeções que indicam vitória da esquerda nas eleições legislativas antecipadas, e afirmou que sua aliança de centro-direita "segue muito viva", segundo pessoas próximas.

"A questão é quem governará daqui para frente e conseguirá uma maioria", acrescentou Macron, que apoiou a coalizão de centro, que deve ficar em segundo lugar, conforme as projeções.

JEAN-LUC MÉLENCHON

O líder de esquerda Jean-Luc Mélenchon, adversário de Macron nas últimas eleições presidenciais, afirmou que os franceses rejeitaram "o pior cenário possível" e comemorou o resultado que dá à sua coalizão o maior número de assentos no Parlamento francês, segundo as projeções estimam.

"Nosso povo rejeitou claramente o pior cenário possível", declarou Mélenchon. Ele também disse que a esquerda deve governar o país.

"A vontade do povo deve ser estritamente respeitada. Nenhum arranjo seria aceitável. A derrota do presidente e sua coalizão está claramente confirmada. O presidente deve aceitar sua derrota. O [atual] primeiro-ministro [Gabriel Attal] deve sair. O presidente deve convidar a Nova Frente Popular para governar", disse.

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