Apatia popular testa regime do Irã em eleição presidencial

A teocracia que dita os rumos do Irã enfrenta nesta sexta-feira (4) um dos maiores desafios desde que o aiatolá Ruhollah Khomeini voltou do exílio francês para tomar o poder em 1979: a apatia do eleitorado que, mesmo dentro dos limites estreitos do sistema, validava o regime de quatro em quatro anos.

O segundo turno das eleições convocadas de forma antecipada e inédita devido à morte em uma queda de helicóptero do presidente Ebrahim Raisi, em maio, irá opor candidatos nominalmente de campos rivais.

Estão no páreo o ultraconservador Saeed Jalili e o moderado Masoud Pezeshkian. Ambos são produto do regime islâmico e não representam ameaça real ao líder supremo, Ali Khamenei, que via em Raisi seu possível sucessor.

O perigo para o aiatolá, de 85 anos e saúde debilitada, vem das ruas. O próprio Khamenei, em uma rara fala sobre o tema, disse na quarta-feira (3) que o comparecimento dos eleitores no primeiro turno do dia 28 de junho foi "menor do que o esperado".

Foram às urnas 39,9% dos 61,4 milhões de eleitores potenciais, o menor índice desde a criação da República Islâmica. Mesmo a eleição de Raisi em 2023, um jogo manipulado para sua vitória, levou metade do eleitorado a votar.

O sinal do desinteresse já era claro na eleição parlamentar de março passado, que registrou 41% de participação.

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