Para economizar em conta de R$ 3 bi, cassinos de Las Vegas buscam energia renovável

Hoje em seu terceiro mandato como prefeita, Carolyn Goodman anunciou, em dezembro de 2016 que Las Vegas seria a primeira grande cidade americana a usar 100% de energias renováveis. Parecia grandioso. Mas o desfecho foi decepcionante.

"Toda a cidade? Inclusive a Strip?", foram as perguntas dos jornalistas.

Não, a Strip não estava incluída. A notícia divulgada pela prefeita era importante. São 140 prédios, iluminação pública centros comunitários e estações do corpo de bombeiros que passaram a ser servidos apenas por energia solar ou hidroelétrica. Mas sem incluir as áreas que tornam Las Vegas, a "cidade do pecado", o que ela é, o impacto foi bem menor.

Oito anos mais tarde, resorts, cassinos e atrações turísticas locais se movem em direção a fontes renováveis.

"Não existe uma escolha entre ser luxuoso ou sustentável. É possível ter as duas coisas: ser um resort com entretenimento e ter responsabilidade", disse Brandon Morrison, diretor de sustentabilidade do Resorts World, rede de hotéis de luxo que tem uma unidade no lado sul da Las Vegas Boulevard.

O endereço é o que passou a ser chamado "the Strip", a maior atração da cidade, motivo principal pela qual ela recebeu 41 milhões de turistas no ano passado e movimentou US$ 79 bilhões (R$ 447 bi) em 2022.

É o espaço de 6,8 quilômetros, em linha reta, em que estão os mais famosos cassinos e resorts do país. É onde também acontecem os principais shows de Las Vegas. São letreiros, imagens e luzes que piscam sem cessar. Compõem a paisagem que faz visitantes enfrentarem o calor sufocante de julho (com temperaturas superiores a 40º C) para irem de um cassino ao outro, perdendo US$ 6 bilhões por ano (R$ 34 bi) em apostas pelo caminho.

O Resorts World iniciou processo, em 2023, para chegar ao uso de 100% de energia solar em suas instalações, incluindo o hotel com 3.500 quartos.

O MGM Resorts International usa energia produzida por placas solares instaladas em fazenda no Arizona, estado vizinho a Nevada. Estas são capazes de gerar 100 megawatts de energia distribuídas em suas 13 propriedades em Las Vegas. Segundo o vice-presidente de sustentabilidade do grupo, Michael Gulich, seria o suficiente para abastecer 27 mil residências.

O engajamento de cassinos, hotéis e demais empreendimentos da Strip é fundamental para que o estado de Nevada consiga atingir o objetivo determinado em lei assinada em 2023: que toda a energia do estado venha de fontes renováveis até 2050. Antes disso, a meta é atingir 50% em 2030.

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