O homem é o lobo de si mesmo

Já dizia Hobbes, o lobo é o lobo do homem. Assim, para regular a vida em sociedade, temos as leis e o sistema de justiça. No que diz respeito a mercados e à economia, regras claras e confiáveis nos permitem trocar e conviver sem que um prejudique o outro. Essa ideia parece óbvia e abrangente.

Contudo, várias das principais discussões recentes sobre mercados e economia não se encaixam bem nesse escopo.

Nas últimas semanas, falou-se muito sobre o mercado de drogas —em especial a maconha, seguindo a decisão do STF— e sobre o mercado de jogos de azar —em especial sobre caça níqueis online, como o jogo do tigrinho.

Leis que regulam esses mercados visam proteger o indivíduo de si mesmo, não de outras pessoas. Muitas dessas atividades são proibidas por causa do temor que as pessoas se viciem e percam muito dinheiro (no caso dos jogos) ou a saúde (no caso das drogas).

Talvez não devêssemos nos surpreender com isso. Vivemos num mundo em que há mais suicídios que homicídios. É razoável que cada um de nós se preocupe em se proteger de si mesmo.

Pode-se argumentar que a gente deveria se preocupar com isso, mas o Estado não. Afinal, o Estado não dá conta do básico, que é proteger um dos outros. A grande maioria dos homicídios não é esclarecida, os conflitos de interesse no sistema de justiça estão escancarados nas manchetes... queremos dar ainda mais atribuições a esse Estado?

O que você está lendo é [O homem é o lobo de si mesmo].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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