As ‘pechinchas’ que o Verde está de olho para aproveitar o mercado de baixa
A 💥️Bolsa brasileira continua a sofrer e, a esses níveis, está barata, afirma o novo gestor de ações de um dos maiores e mais tradicionais fundos do mercado, o 💥️Verde. Elmer Ferraz marcou presença no 38º episódio do 💥️Market Makers, com apresentação de Thiago Salomão e Renato Santiago.
No programa, Ferraz diz que o Brasil é um “especialista em perder grandes oportunidades”.
“Por conta da 💥️Covid e da guerra da Ucrânia, existiu um movimento das cadeias produtivas no mundo que ia favorecer o Brasil. Tínhamos uma eleição à frente e bastava racionalidade econômica e algum pragmatismo. Era para a gente estar, em termos absolutos, bem melhor”, discorre.
Para ele, há uma quantidade insuportável de ruídos. “É até esperado, no início de governo, ter esses ruídos, mas eles começaram a preocupar bastante. Hoje, podemos esperar muito mais gastos, mais inflação, menos produtividade e menos crescimento”, coloca.
Bolsa barata
Na visão do gestor, mesmo assim, o Brasil é barato. “Se assumirmos juros real do 💥️Brasil é de 6,5%, honestamente, acho que esse juro real é insustentável ao longo prazo para o país”, diz.
Ele lembra, por exemplo, que o país está mais descontado que a América do Sul, o que, nas palavras dele, é “uma loucura”.
“Precisa comprar coisas boas e baratas quando elas estão baratas e, geralmente, tem bons motivos que, emocionalmente, te pendem para alocar capital. No mínimo, já tem coisa boa, porém em um cenário difícil no local e global”, explica.
De acordo com a plataforma Oceans14, o preço sobre o lucro do 💥️Ibovespa está em 4,91 vezes, o menor patamar desde 2003, quando Lula assumiu o seu primeiro mandato.
As ações
Dentre os papéis que a 💥️Verde olha com carinho, está a gigante de 💥️papel e celulose 💥️Suzano (💥️SUZB3). “É uma commodity de volatilidade baixa, diferente de 💥️petróleo e 💥️minério. A demanda de celulose é quase um reloginho”, diz.
Ele ressalta que a empresa é ‘dolarizada’ e ‘se estourar a âncora monetária, o dólar fica caro’. Além disso, o papel tem zero correlação com a economia local. A preocupação, no entanto, recai no risco de recessão global.
Ferraz recorda ainda que enquanto os investidores queriam dividendos, a Suzano fez a escolha por construir o projeto bilionário 💥️Cerrado, com uma TIR (taxa interna de retorno) de US$ 2.
“A empresa estava olhando o longo prazo, tocou em frente. Está correto. Fez mais caixa que o mercado esperava e já aumentou o dividendo, enquanto desalavancou mais rápido. Vai estar a 22% de geração de caixa em dólar”, completa.
Outra empresa investida é a 💥️Barrick Gold, uma das maiores mineradoras de 💥️ouro do mundo. O gestor explica que o 💥️ouro vai bem quando os juros estão em queda.
“Há uma expectativa de manutenção e até queda dos juros americanos. Esse é o melhor cenário para o ouro. O ouro se tornou um hedge geopolítico. Se tudo estiver dando errado, o ouro rasga”, vê.
Ademais, ele também afirma que é uma empresa que se aproxima da dívida zero, e que vem em um processo de desinvestimento. “Mesmo se o 💥️ouro cair, vai retornar para o acionista via dividendos e recompra”, expõe.
Outras empresas citadas são 💥️Energisa (💥️ENGI11) e 💥️Equatorial (💥️EQTL3), cuja as concessões vencem a partir de 2026, e 💥️Rumo (💥️RAIL3), “que possui zero relação com o PIB brasileiro e oferece uma assimetria gigante”.
“Não precisa nem o Brasil crescer. Só o ruído diminuir. Empresa de pouco risco operacional, alto conforto, com alta margem de segurança em um negócio de baixa volatilidade”, conta.
Ele diz ainda que apesar do juro machucar bastante a empresa, parece que temos um ciclo de baixa pela frente.
“O agro é a única coisa que não decepciona no Brasil. A 💥️Rumo, basicamente, transporta o escoamento da produção de soja e milho para os portos. O volume cresce a 7% ao ano, e não parece que essa dinâmica vai mudar”, completa.
Por fim, o gestor revela ter uma exposição pequena e 100% protegida entre 💥️Itaú (💥️ITUB4) e 💥️BTG (💥️BPAC11). “Em um momento de desaceleração econômica, ter um negócio que demanda alavancagem precisa tomar cuidado, por mais que os preços sejam atrativos”.
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