Prefeitura de SP abre processo para investigar suspeita de fraude no agendamento do CRAS
Mensagens indicam suspeita de fraude no agendamento do Cras na capital paulista — Foto: Reprodução/TV Globo
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo abriu um processo para investigar suspeita de fraude no sistema de agendamento para o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Golpistas cobram até R$ 15 para garantir uma vaga, que podem demorar meses.
O aposentado Edmilson Rocha de Oliveira, de 71 anos, precisava atualizar os dados no sistema do CRAS. Chegou e foi atendido.
“Foi facinho. Eu só cheguei e renovei, foi na hora, foi coisa simples, de momento, coisa rápida.”
Mas nem todos estão tendo a mesma sorte. O músico Steverson Jeferson de Jesus Pereira diz que há quatro meses tenta agendar um horário para fazer o Cadastro Único, para receber o Auxílio Brasil.
“Vim tentar aqui, é minha última esperança, porque tentei pelo aplicativo, tentei as outras maneiras, mas sem êxito”, disse.
Apesar da dificuldade de marcar um horário nas unidades do CRAS, o SP2 encontrou, nas redes sociais, pessoas oferecendo vagas no agendamento do CadÚnico.
Uma mensagem publicada em um grupo de moradores da região de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste, de uma pessoa identificada como Jaqueline, afirma ter vagas de agendamento no CRAS. Ela pede aos interessados para enviar uma mensagem privada.
O SP2 entrou em contato, na terça-feira. A mulher disse que cobra R$ 15 para fazer o agendamento. Ela também pediu dados pessoais para fazer o cadastro e afirmou que o CRAS abriria vagas naquela noite, e detalhou, inclusive, o horário que ficaria disponível: das 8h às 16h. Depois de conseguir as informações, a conversa foi encerrada.
Steverson explicou que, durante as tentativas, começou a receber ligações com ofertas suspeitas.
“A gente tem a facilidade do caminho, a gente já conseguiu, vem com a gente, acesse tal link, algumas coisas do jeito”, lembrou.
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informa que tem conhecimentos dessas abordagens e que abriu um processo interno de investigação. A secretaria descobriu, pelo menos, oito páginas numa rede social que ofereciam as vagas de agendamento, e reforçou que ninguém, nunca deve pagar nada por isso, já que o serviço é de graça.
A mulher que cobra o agendamento não é funcionária da prefeitura, segundo a administração. A secretaria afirmou ainda que começou uma campanha nas redes sociais para alertar a população.
São três opções para fazer o agendamento para o CadÚnico, na capital: presencialmente, em unidades do CRAS, Centros POP e do Descomplica SP. A pessoa também pode fazer sozinha pela internet, no portal do CRAS ou pelo telefone 156.
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