Palestinianos e árabes & revoltados& após Hezbollah e Hamas declararem "vitória" após acordo
Durante os últimos 14 meses, o Hamas e o Hezbollah arrastaram os palestinianos e libaneses para guerras que custaram a vida de milhares de pessoas — tudo para servir os seus clientes no Irão. Após o recente acordo de cessar-fogo com Israel, apoiantes do grupo terrorista libanês Hezbollah reivindicaram “vitória”: no entanto, de acordo com a agência noticiosa ‘Jewish News Syndicate’, muitos árabes têm levado pouco a sério estas manifestações de triunfo.
A declaração do Hezbollah é semelhante à do Hamas: “Não fiquei surpreso quando o líder do Hamas, Khaled Mashaal, anunciou a vitória do Hamas na guerra de Gaza. Ele disse: ‘As nossas perdas são táticas, as perdas do nosso inimigo são estratégicas e a vitória está a chegar.’ É assim que Mashaal resume um ano inteiro de devastação infligida ao povo palestiniano?”, referiu o analista político egípcio Abdul Latif Al-Manawi.
“Então temos de perguntar-lhe: as perdas táticas a que se refere incluem as vítimas da guerra, que atingiram mais de 42 mil palestinianos? Incluem mais de 80 mil palestinianos que ficaram feridos? Incluem mais de 90% da população da Faixa de Gaza que foi deslocada das suas casas e bairros que foram arrasados?”, apontou o especialista.
O acordo de cessar-fogo, alcançado no passado dia 27, estipula que o Hezbollah, ou qualquer outro grupo armado no Líbano, não realizará qualquer ação ofensiva contra Israel, independentemente da situação na Faixa de Gaza. O acordo também exige que os terroristas do Hezbollah se retirem para o norte do Rio Litani.
Este acordo é a razão pela qual muitos árabes não conseguem entender a alegação de “vitória” do Hezbollah, especialmente à luz da eliminação da maioria dos principais líderes políticos e militares do grupo. “Onde está a vitória?”, questionou o proeminente jornalista libanês Bou Monsef. “Quanto custou? Que derrota é mais terrível do que tais perdas? Como alguém pode reivindicar vitória diante de um massacre que destruiu toda a lógica da resistência? Não é tarde demais para pedir ao Hezbollah que explique a sua decisão unilateral e mortal de abrir o confronto com Israel sob a cobertura do Irão.”
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