'Prévia' do PIB do Banco Central indica tombo de 1,13% na economia em agosto
O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou retração de 1,13% em agosto, na comparação com julho, informou a instituição nesta segunda-feira (17).
O resultado foi calculado após ajuste sazonal, um tipo de "compensação" para comparar períodos diferentes.
De acordo com dados do BC, 💥️esse foi o maior tombo mensal do nível de atividade desde março de 2023, quando foi registrada uma queda de 3,6%. O resultado negativo também interrompeu dois meses de expansão do indicador.
Na comparação com agosto do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 4,86%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 1,2%.
Apesar de ter sido acima do esperado, houve uma desaceleração frente ao ano passado - quando o PIB registrou expansão de 4,6%.
Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem-estar social.
Já o IBC-Br do BC é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE (veja a diferença mais abaixo).
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, ainda segundo o Banco Central, o nível de atividade da economia brasileira registrou expansão de 2,76% (sem ajuste sazonal).
De acordo com o Banco Central, o indicador apresentou crescimento de 2,08% em 12 meses até agosto. Nesse caso, o índice também foi calculado sem ajuste sazonal.
O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
Em setembro, a taxa ficou em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos, para tentar conter a alta de preços. Os analistas das instituições financeiras estimam que a taxa permanecerá estável até o fim do ano, e que começará a recuar em 2023.
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