Veja a repercussão da morte do artista plástico Angelo Venosa

Angelo Venosa — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 1 Angelo Venosa — Foto: Reprodução/TV Globo

Angelo Venosa — Foto: Reprodução/TV Globo

Nomes importantes da cultura brasileira lamentaram a morte do artista plástico 💥️Angelo Venosa nesta segunda-feira (17).💥

Instituições como o Museu de Arte Moderna do Rio estão entre as que lamentaram a morte. Em um post no Instagram, o MAM lembrou a trajetória de Angelo e que uma obra dele pode ser vista na área externa da instituição.

"Angelo Venosa é um dos mais importantes artistas da escultura contemporânea brasileira. Sua obra reflete ousadas pesquisas em torno de métodos e materialidades que ocupavam espaços internos e externos, os grandes vãos dos museus ou, mesmo, o espaço público", disse o museu, em um post.

A galeria Nara Roesler, que representou Venosa por 10 anos, também fez um post nas redes sociais.

"A Nara Roesler teve a grande sorte de representar e acompanhar de perto o trabalho de Venosa durante mais de dez anos. Desde 2023, as equipes da galeria trabalham em dois projetos que deverão sair à luz pública no futuro próximo, infelizmente com caráter póstumo, mas também como homenagem ao artista inigualável: uma mostra dos seus mais recentes experimentos com desenho tecnologicamente assistidos e o lançamento de uma monografia definitiva de sua produção. Compartilhamos a dor incomensurável pela perda de um artista fundamental para o Brasil e transmitimos a nossa solidariedade aos familiares, amigos e colegas de Angelo Venosa", diz um trecho do texto.

Também em redes sociais, outros curadores, jornalistas e críticos de arte também lembraram o artista.

Angelo morreu aos 68 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de problemas causados pela Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença que ataca o sistema nervoso, enfraquece os músculos e afeta as funções físicas.

Desde 2023, o artista passou a conviver com os sintomas da ELA e no último sábado (15) foi internado em um hospital particular do Rio de Janeiro.

Natural da cidade de São Paulo, Venosa é considerado um dos maiores escultores do Brasil, com quase 40 anos de carreira. O artista tinha como característica criar peças usando madeira, tecido, fibra de vidro e outros materiais 💥

Algumas esculturas do artista ocupam espaços na paisagem de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Na Praia do Leme, na Zona Sul do Rio, por exemplo, uma obra foi batizada pelos cariocas como "A baleia". Em uma entrevista em 2023, o artista falou sobre o projeto 💥

“A baleia não é uma representação de baleia, está de ser longe disso, é só uma estrutura, guarda alguma coisa orgânica? Guarda. É um esqueleto? Num sentido muito genérico. Mas ganhou um apelido de baleia, porque as pessoas precisam embrulhar aquilo para conseguir digerir. É um movimento muito afetivo", dizia Angelo Venosa.

Angelo Venosa ganhou notoriedade ao produzir obras tridimensionais que misturavam materiais vindos da natureza com o universo industrial. Antes de se mudar para o Rio de Janeiro em 1974, o artista frequentou a Escola Brasil, em São Paulo, espaço experimental de ensino de arte em 1973.

Ele se mudou para o Rio de Janeiro, no ano seguinte, quando começou a estudar desenho industrial na ESDI (Escola Superior de Desenho Industrial).

O reconhecimento no mundo da arte aconteceu nos anos 80, quando Venosa integrou o que ficou conhecido posteriormente como a 💥️Geração 80. O movimento marcou a retomada da pintura, mas ele se difere do grupo por ter optado pela escultura.

Em 2007, Venosa defendeu a dissertação de mestrado “Da Opacidade”, na pós-graduação da Escola de Belas Artes da UFRJ.

Há obras expostas no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e na Pinacoteca de São Paulo.

É possível também ver obras do artista plástico na Praia de Copacabana e Museu do Açude, no Rio, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, e no Parque José Ermírio de Moraes, em Curitiba.

A última exposição do artista estreou no Rio de Janeiro em abril de 2023, com obras feitas durante a pandemia. Ele já estava mais recluso em casa antes deste período por conta do diagnóstico de ELA.

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