Tarcísio de Freitas promete regularizar comunidades de baixa renda e diz ser contrário à obrigatoriedade de vacinar crianças; ve

Tarcísio de Freitas, candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, participou nesta quinta-feira (20) de sabatina no 💥️SP2. Na entrevista ao vivo, comandada pelo jornalista José Roberto Burnier, ele se comprometeu a fazer regularização fundiária em comunidades vulneráveis e afirmou que pais que não vacinarem seus filhos não sofrerão retaliação 💥️(veja íntegra no vídeo acima).

"As pessoas vão vacinar os seus filhos, a gente vai aumentar cobertura vacinal na base do convencimento, não na base da obrigação", disse.

As escolas de São Paulo têm obrigação, por lei, de informar o conselho tutelar caso os pais não apresentem o comprovante de vacinação das crianças, de acordo com a Secretaria da Educação. A criança, no entanto, não deixa de frequentar a escola em caso de não estar vacinada. Já de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), "é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias".

No primeiro turno das eleições, Tarcísio recebeu 9.881.995 votos (42,32%). Ele disputa o segundo turno com Fernando Haddad (PT), que teve 8.337.139 de votos (35,70%).

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Confira abaixo trechos da entrevista de Tarcísio ao 💥️SP2:

O candidato ao governo paulista pelo Republicanos, Tarcísio de Freitas, durante entrevista no SP2 — Foto: Fábio Tito/g1 1 de 1 O candidato ao governo paulista pelo Republicanos, Tarcísio de Freitas, durante entrevista no SP2 — Foto: Fábio Tito/g1

O candidato ao governo paulista pelo Republicanos, Tarcísio de Freitas, durante entrevista no SP2 — Foto: Fábio Tito/g1

Tarcísio afirmou que não haverá retaliação aos pais que decidirem não vacinar seus filhos, apesar de afirmar que o país tem a estrutura de imunização mais eficiente do mundo. "As pessoas têm que ter liberdade. A liberdade é um valor que precisa ser defendido", afirmou.

“O Brasil tem a estrutura de imunização mais eficiente do mundo. O Plano Nacional de Imunização do Brasil sempre foi bem-sucedido, e nós vamos ser parceiros da vacinação, um parceiro de vacinação para todas as doenças, investindo muito na conscientização, levando a vacina aonde o cidadão está, e o convencimento é muito natural. As pessoas vão vacinar os seus filhos, a gente vai aumentar cobertura vacinal na base do convencimento, não na base da obrigação.”

“Você deixaria de vacinar seu filho? Eu também não. Quando eu fui para a missão do Haiti, por exemplo, a gente teve que vacinar para todas as doenças que, quando criança, eu tinha me vacinado. Eu, adulto, também me vacinei contra a poliomielite”, completou.

O candidato admitiu que o combate à fome precisa de "medidas imediatas" e afirmou que, caso seja eleito, irá aumentar a rede Bom Prato em 30 restaurantes já no primeiro ano de seu mandato.

"Nós precisamos de medidas imediatas. Realmente, a fome tem pressa. Observe a preocupação do governo federal ao instituir o Auxílio Brasil. O Auxílio Brasil teve o seu valor aumentado. Hoje é um valor de R$ 600, onde a pessoa não perde o benefício quando, inclusive consegue um emprego. Ou seja, é um plano emancipatório.

A gente quer de imediato aumentar a rede Bom Prato, a gente quer dobrar essa rede, atingindo comunidades, atingindo áreas carentes que ainda não contam com esses restaurantes. A gente quer fazer isso já no primeiro ano, colocar pelo menos mais 30 restaurantes e fazer mais 30 no segundo ano, ou seja, a gente praticamente vai dobrar a rede que nós temos hoje, que é um grande legado."

Sobre o programa de transferência de renda, disse que será atrelado à frequência escolar. "Com a assembleia que foi eleita, hoje nós temos dois terços da assembleia, isso vai facilitar muito a articulação política no caso da nossa vitória. Então, nós temos 300 mil alunos do ensino médio que recebem uma bolsa de 100 reais por mês, ao longo de 10 meses. Nós vamos ampliar isso para todo o ensino médio, ou seja, 1 milhão e 200 mil estudantes recebendo um bolsa de 120 reais por mês ao longo dos 12 meses. Além disso, nós não vamos interromper o fornecimento da merenda escolar nos períodos de recesso e vamos trabalhar com o terceiro setor para combater o desperdício e atuar junto às ceasas para que a gente possa levar alimento para as comunidades carentes."

O candidato se comprometeu a criar um programa de regularização fundiário em comunidades vulneráveis.

"Eu estou falando de 500 mil atendimentos em quatro anos. É ousado? É ousado. E o que são os atendimentos? Um programa de regularização fundiária nas comunidades carentes. A pessoa precisa do seu CEP. Segundo: a requalificação daqueles imóveis com que, com muito sacrifício, as pessoas conseguiram construir. Ou seja, a gente vai reformar essas casas. Terceiro: aí sim, ampliação da oferta habitacional."

“São Paulo tem feito muito pouco no campo da provisão das habitações. Nós temos um recurso vinculado para habitação. Hoje a gente está trabalhando com R$ 1,7 bilhão a R$ 1,8 bilhão por ano na construção de habitação, na construção de moradias. A gente quer quase triplicar esse valor, porque as pessoas têm pressa."

"Nós temos hoje um problema mais urgente na minha concepção, que são as pessoas em situação de rua, nós temos as pessoas em áreas de risco, aqueles que já não suportam aluguel e as famílias que já efetivamente já estão na rua. E aí nós precisamos de um programa habitacional muito ousado que, em parceria com o governo federal, a gente construa habitações com casa verde a amarela, aqui no estado a gente construa diretamente via CDHU, a gente utilize a parceria público-privada e a gente vai investir muito no aluguel social.”

Ao ser questionado sobre a intenção de retirar as câmeras dos uniformes dos policiais, Tarcísio disse ter dados que mostrariam que o uso do equipamento não aumentou a produtividade dos agentes e que vai rever a medida juntamente com especialistas, para analisar se ela será ou não mantida.

"As pessoas estão se sentindo seguras em São Paulo? Vamos pegar, por exemplo, os dados de produtividade policial nas áreas de influência dos batalhões que usam câmera e vamos comparar com a produtividade dos batalhões que não usam. Os dados que eu tenho nas áreas de influência dos batalhões que estão usando câmera: tentativa de estupro subiu, assalto à mão armada subiu, roubo de celular subiu, assalto a moto subiu, ou seja, a gente está perdendo produtividade. É uma questão importante."

E emendou: "Eu tenho que ver se isso tem relação com as câmeras. O que eu estou dizendo? Nós vamos, junto com os especialistas em segurança pública, junto da nossa Secretaria de Segurança Pública, ver se nós vamos manter, analisar se a câmera está sendo benéfica ou não e se a política tem que ser reavaliada ou não".

Sobre o combate ao crime organizado, o candidato afirmou que é necessário fazer aliança com o governo federal, além de monitorar "pontos críticos". "Porque a gente está falando de crime transnacional, um crime que rompe fronteiras e cresceu muito. Nós precisamos monitorar pontos críticos. Por exemplo: portos e aeroportos, que são instalações federais, mas pelas vias de acesso são estaduais. São os pontos de chegadas de drogas, saída de armas. Precisamos usar a inteligência para coibir esse fluxo. Atuar com inteligência financeira, na asfixia financeira dessa organização. Terceiro: compartilhar informações de inteligências e integrar as policiais e investir muito na nossa polícia aqui, valorizando, aumentando efetivo e capacitando para ter efetividade no combate."

Ele também afirmou que pretende rever pontos como audiência de custódia e juiz de garantia em São Paulo. "A gente tem que combater a receptação, a primeira coisa. Segunda coisa, que existem questões na legislação que dificultam o combate a este tipo de crime. Por exemplo, a audiência de custódia: você prende o bandido e imediatamente ele é liberado e sai zombando daquele policial que o prendeu. São Paulo ter força política suficiente para mudar a legislação. Redução da maioridade penal, revisão da audiência de custódia, revisão da questão do juiz de garantia para que a gente possa ter um combate efetivo à criminalidade."

Sobre a falta de policiais civis, Tarcísio afirmou que irá mudar a frequência de concursos públicos e ampliar a contratação. "Vamos contratar. Teremos uma frequência de concursos, mas mudar, por exemplo, a lei orgânica da Polícia Civil, porque eu preciso de valorização profissional. Não adianta fazer o concurso e perder o profissional amanhã. Nova política de cargos e salários, trazer a mesma lógica de subsídios que já temos em outras policiais civis."

O candidato afirmou que pretende priorizar o programa Jovem Aprendiz para agir por ter "efeito imediato" no combate ao desemprego. "O programa de Jovem Aprendiz é muito curto prazo. Ele dá efeito imediato. A redução na carga tributária libera uma quantidade enorme de investimentos. Quantas empresas em São Paulo têm créditos retidos de ICMS? Qual o valor desse crédito retido que vira investimento na mesma hora? É uma energia potencial que você libera, que vai virar compra de equipamento, compra de insumo, vai virar ampliação de planta, vai virar terceiro turno, vai virar contratação. Isso é imediato. O investimento em infraestrutura dá um resultado imediato."

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