Ao lado de Simone Tebet e Marina Silva, Lula faz campanha em Minas Gerais
Lula ao lado de Simone Tebet e Marina Silva durante campanha em Teófilo Otoni (MG). — Foto: Ana Carolina Magalhães/Inter TV Dos Vales
O candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, faz campanha nesta sexta-feira (21) em Minas Gerais.
Pela manhã, o petista fez passeata em Teófilo Otoni, na região Nordeste do estado, ao lado da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição presidencial, e de Marina Silva (Rede), deputada federal eleita por São Paulo.
Em discurso, o ex-presidente defendeu a proposta de regulamentar a equiparação salarial de homens e mulheres que exercem a mesma função. Ele também criticou o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que no segundo turno declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu não costumo chegar numa cidade e falar mal nem do prefeito da cidade nem do governador do estado. Não faz parte da minha formação política. Entretanto, o governador, durante a eleição dele, ele fingia não ter candidato a presidente porque ele sabia que 40% dos meus eleitores votaram nele. Então, ele ficou quietinho sem falar nome de presidente. Agora que ele ganhou as eleições, caiu a máscara. Ele é bolsonarista", disse Lula.
Lula, Tebet e Marina também criticaram Bolsonaro e lembraram de suspeitas de corrupção envolvendo ele e familiares, entre elas a revelação do portal ysoke de que Bolsonaro e parentes compraram 51 imóveis com dinheiro vivo.
"O Bolsonaro tem explicações para dar para o povo. Ele precisa dizer como é que não fez nenhuma 'Minha Casa, Minha Vida' e conseguiu comprar 51 imóveis com a família dele, com R$ 26 milhões, em dinheiro", disse Lula em discurso.
Tebet, também em discurso, lembrou a fala de Bolsonaro sobre meninas venezuelanas, que repercutiu e gerou críticas ao presidente. Em entrevista a um podcast, Bolsonaro afirmou que "pintou um clima" ao encontrar as meninas durante um passeio de moto no Distrito Federal.
"Isso é pedofilia. E lugar de pedófilo é na cadeia. Eu não tenho medo, já chamei o presidente de covarde. Não tenho medo de dizer que ele cometeu um crime. E quando tirarem a faixa dele nós veremos as 'rachadinhas', nós veremos a compra de mansão com dinheiro vivo, nós veremos os escândalos de corrupção", disse Tebet.
No fim da tarde, o candidato participou de uma nova passeata, desta vez em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.
Debaixo de chuva e vestindo uma capa plástica, Lula estava acompanhado da prefeita Margarida Salomão (PT), da senadora Simone Tebet (MDB-MS), da deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), do senador Alexandre Kalil (PSD-MG), dos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e André Janones (Avante-MG) e do vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB).
2 de 3 Caminhada de apoiadores do ex-presidente Lula (PT) em Juiz de Fora (MG) — Foto: Fellype Alberto/g1Caminhada de apoiadores do ex-presidente Lula (PT) em Juiz de Fora (MG) — Foto: Fellype Alberto/g1
Tebet pediu empenho aos apoiadores de Lula para conquistar votos na reta final do segundo turno. Terceira colocada na disputa ao Planalto e recém-chegada à campanha petista, a senadora apelou ainda para que eles convençam apoiadores da candidatura emedebista no primeiro turno a trocar de voto.
“Vamos bater na porta dos indecisos, daqueles que votaram nulo, daqueles que votaram em branco”, disse.
3 de 3 Lula, Simone Tebet e apoiadores do ex-presidente em passeata em Juiz de Fora (MG) — Foto: YouTube/ReproduçãoLula, Simone Tebet e apoiadores do ex-presidente em passeata em Juiz de Fora (MG) — Foto: YouTube/Reprodução
Lula defendeu uma política de reajuste salário mínimo com correção anual feita a partir de critérios como a média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Mecanismo parecido havia sido utilizado de forma institucional durante os governos de Dilma Rousseff (PT).
“Quero dizer para vocês que nós vamos aumentar o salário mínimo. Ele será corrigido todo ano de acordo com o crescimento do PIB porque nós não temos o direito de fazer sofrer aqueles que já trabalharam 40 anos, 50 anos, aquelas que ficaram viúvas e recebem uma pensão. É preciso que a gente tenha respeito pelas pessoas que trabalham nesse país”, disse.
O petista voltou a defender a realização de uma reforma tributária que onere os mais ricos e a retomada de investimentos em infraestrutura. Ele ainda disse que pretende, em um eventual governo, investir na criação de novas universidades e fortalecer os repasses a instituições federais de ensino existentes.
O candidato do PT a presidente também criticou o adversário no segundo turno, Jair Bolsonaro, e a possibilidade de o atual presidente apresentar uma série de propostas para um possível segundo mandato em 2023.
“Faltam 10 dias e vocês ainda vão ouvir muitas mentiras do nosso adversário, muitas promessas falsas do nosso adversário. Essa semana ele vai apresentar uma proposta ao Brasil. Pode olhar que vai ser um rosário de mentiras. Ele vai propor fazer tudo que ele não fez e vai propor fazer mais. E nós temos o dever e a obrigação de não acreditar no Bolsonaro”, afirmou.
A mais recente pesquisa Datafolha aponta que Lula tem 49% das intenções de voto no segundo turno. O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 45%.
Encomendada pela Globo e pela "Folha de S.Paulo", a pesquisa mostra que a diferença entre os candidatos está no limite da margem de erro, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com o petista em vantagem.
O novo levantamento foi feito entre segunda (17) e quarta (19), e os resultados se referem à intenção de voto no momento das entrevistas.
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