Ibovespa fecha em forte queda, puxada por Petrobras e grandes bancos

Ibovespa — Foto: Freepik 1 de 1 Ibovespa — Foto: Freepik

Ibovespa — Foto: Freepik

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda nesta segunda-feira (7), com desempenho negativo da Petrobras e de grandes bancos. No cenário doméstico, os agentes do mercado monitoram a montagem da equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os sinais de responsabilidade fiscal da futura gestão.

O Ibovespa recuou 2,38%, a 115.342 pontos. Veja mais cotações.

Destaque negativo, as ações da Petrobras caíram 3,41%. Os papéis do Banco do Brasil recuaram 3,49%, e os do Bradesco, 2,63%. Já o Itaú teve queda de 1,89%. Na contramão, o Santander registrou alta de 2,89%.

Na sexta-feira passada (4), a bolsa fechou em alta de 1,08%, a 118.155 pontos, mas o índice chegou a bater os 120 mil pontos na máxima do dia. 💥Com o resultado de hoje, o Ibovespa acumula queda de 0,60% no mês e alta de 10,04% no ano.

💥️LEIA TAMBÉM

O dia foi marcado pela volatilidade no exterior. Apesar da agenda mais vazia nesta segunda, está no radar dos investidores a expectativa por dados econômicos importantes no Brasil, Estados Unidos, China e Europa, a serem divulgados nesta semana.

Entre os indicadores, os de maior impacto no mercado nacional e, consequentemente, no preço do dólar, são os dados de inflação aqui e nos EUA.

Segundo a edição desta semana do Boletim Focus, relatório em que o Banco Central do Brasil reúne as expectativas de especialistas do mercado para a economia do país, as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022 voltaram a subir. As estimativas para a inflação oficial no final do ano passaram de 5,61% para 5,63%.

Webstories

Já nos EUA, onde a inflação anual está nos maiores patamares em quatro décadas, as previsões para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro é de uma alta de 0,6%, segundo estimativas consolidadas pelo ysoke. Em setembro, o CPI avançou 0,4%, acima do esperado por especialistas.

Uma inflação maior nos EUA é um peso negativo contra os ativos de risco, como o mercado de ações e a moeda brasileira. Com os preços altos no país, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continua sua trajetória de elevação das taxas de juros, hoje entre 3,75% e 4,00% ao ano, após uma alta de 0,75 ponto percentual na última reunião do comitê de política monetária estadunidense.

Se as taxas sobem por lá, a tendência é que os investidores retirem suas reservas de ativos de risco, como o moeda brasileira, e coloquem nos títulos que oferecem menos risco por um retorno atrativo, favorecendo o dólar.

Também nos EUA, amanhã acontecem as eleições de meio de mandato, que renovam a Câmara dos Deputados do país e parte do Senado.

Na China, o governo reafirmou sua política de tolerância zero contra os casos de covid-19, "esfriando as especulações da semana passada sobre flexibilização das restrições", afirmam analistas do BTG Pactual. Essa política de tolerância zero impacta o crescimento econômico do país, que é um dos principais demandantes por commodities e outros diversos tipos de produtos no mundo.

No Brasil, além das expectativas com os dados de inflação e outros indicadores econômicos, as atenções permanecem voltadas ao cenário político, em um momento em que a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva negocia a transição com o governo de Jair Bolsonaro.

O economista Alvaro Feris, especialista de investimentos da Rico, avalia que os investidores estão mantendo cautela em meio aos desdobramentos da transição e à nomeação do futuro time econômico.

"Com temor em relação ao risco fiscal, atenção para os desdobramentos da PEC que busca viabilizar o auxílio de R$ 600,00, além de outras propostas com potencial inflacionário", diz.

O que você está lendo é [Ibovespa fecha em forte queda, puxada por Petrobras e grandes bancos].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...