Justiça marca julgamento de defensora pública aposentada que xingou entregador de 'macaco'

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro marcou para o próximo dia 17 de novembro a audiência de instrução e julgamento do caso envolvendo a defensora pública aposentada 💥️Cláudia Alvarim Barrozo, denunciada por injúria racial contra dois entregadores em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

O episódio aconteceu em maio, quando Cláudia foi filmada reclamando com os entregadores 💥️Jonathas Souza Mendonça e 💥️Eduardo Peçanha Marques sobre o posicionamento do veículo de entrega utilizado por eles, em uma rua do condomínio onde ela mora. No vídeo, é possível ouvir a defensora aposentada xingando um deles de "macaco".

A audiência será realizada no Forum de Niterói, na 1ª Vara Criminal, às 13h, quando o juiz deve ouvir os depoimentos de Cláudia, sua filha e dos entregadores Jonathas e Eduardo, além de outras testemunhas da ocorrência.

Em julho, durante uma audiência na Justiça, Cláudia admitiu ter feito as ofensas contra os entregadores. Na ocasião, ela assinou um acordo com o Ministério Público para terminar com o processo penal. Ou seja, ela não responderia mais criminalmente por injúria racial, se ela cumprisse os requisitos estabelecidos.

A defensora aposentada fez uma retratação pública por escrito admitindo que cometeu o crime e pediu desculpas por suas ações. Cláudia também disse que o ocorrido foi uma "situação de exceção em um momento de estresse".

Além do pedido de desculpas, Cláudia também teria que pagar uma indenização de 💥️R$ 7,5 mil para cada uma das vítimas.

Contudo, Cláudia não pagou as indenizações e quebrou o acordo. Portanto, o processo penal que estava suspenso não está mais.

Cinco meses depois de ser acusada de chamar os entregadores de macaco e admitir as ofensas, Cláudia resolveu procurar a Polícia Civil para contar uma nova versão para os fatos investigados.

A defensora aposentada e a filha declararam que Eduardo fez diversas ofensas sexuais e sexistas naquele dia. Entre elas, ele teria dito "mulherzinha nervosa" e perguntado "vovó está com pressa?".

Ainda segundo as duas depoentes, Eduardo teria chamado a filha de "gostosona", chamado Claudia de "vaca do inferno" e outros palavrões.

Na opinião do advogado de defesa dos trabalhadores, a nova versão foi inventada. Joab Gama de Souza questiona por que Cláudia jamais mencionou à Justiça que havia sido agredida.

"Causa estranheza passar-se tanto tempo para que ela venha a se manifestar nesse sentido. Assim que tudo for apurado e provada a inocência do Eduardo, nós, de forma imediata, vamos retornar à 81 DP, só que desta vez pra fazer um outro registro de ocorrência, agora por denunciação caluniosa", argumentou o advogado Joab.

A defensora pública aposentada tem seis passagens pela polícia, quatro delas por injúria e as outras duas por lesão corporal e constrangimento.

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