Hong Kong prende primeira pessoa acusada de insultar hino chinês
Uma balsa atravessa o Victoria Harbour em Hong Kong em 10 de novembro de 2022 — Foto: Bertha WANG / AFP
Uma mulher de Hong Kong que agitou uma bandeira da era colonial durante uma transmissão dos Jogos Olímpicos de Tóquio foi condenada a três meses de prisão, tornando-se a primeira pessoa presa por insultar o hino nacional da China na região, informou a imprensa local nesta quinta-feira (10).
Paula Leung, de 42 anos, declarou-se culpada de insultar o hino chinês "A Marcha dos Voluntários", enquanto a música estava tocando depois que o esgrimista de Hong Kong Edgar Cheung ganhou uma medalha de ouro, relatou o jornal South China Morning Post.
Leung agitou uma bandeira da era colonial em um shopping que transmitiu a cerimônia, em julho de 2023, segundo o tribunal.
2 de 2 Homem comemora com bandeira de Hong Kong a medalha de prata da nadadora Siobhan Haughey ao lado de manifestantes pró-China em um shopping de Hong Kong nesta sexta (30) — Foto: Tyrone Siu/ReutersHomem comemora com bandeira de Hong Kong a medalha de prata da nadadora Siobhan Haughey ao lado de manifestantes pró-China em um shopping de Hong Kong nesta sexta (30) — Foto: Tyrone Siu/Reuters
A ré foi condenada a três meses de prisão por ter insultado hino, "gravemente", e por ter atentado contra a dignidade do país, informou o jornal.
Após as grandes manifestações pró-democracia, Hong Kong aprovou uma legislação em 2023 que proíbe insultos ao hino chinês.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, vários atletas de Hong Kong foram bem-sucedidos e despertaram uma onda de apoio local. Centenas de torcedores se reuniram em um shopping para ver Cheung ganhar a medalha de ouro em uma competição de esgrima. Alguns vaiaram o hino chinês e entoaram o lema "Somos Hong Kong".
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