Encontro de líderes do G20 começa em Bali, na Indonésia
Um oficial fica de guarda antes da cúpula do G20 em Nusa Dua, em Bali, no dia 13 de novembro de 2022 — Foto: REUTERS/Ajeng Dinar Ulfiana
Líderes de governo das principais economias do mundo se reúnem para o encontro do G20, que começou às 22h desta segunda (14) (9h de terça-feira no horário local) na ilha indonésia de Bali, onde um dos principais assuntos em debate será a invasão da Ucrânia.
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, anfitrião da cúpula do G20, disse esperar que a reunião possa "entregar parcerias concretas que possam ajudar o mundo em sua recuperação econômica", isso frente a uma crise global de abastecimento causada pela pandemia da Covid-19 e da guerra causada pela Rússia.
O Grupo dos 20, conhecido como G20, é uma organização que reúne ministros da Economia e presidentes de Banco Centrais de 19 países e da União Europeia. Juntas, essas nações representam cerca de 80% de toda a economia global. O Brasil faz parte desse grupo.
Além da guerra, que influencia vários temas da agenda do G20, em particular a 💥️possibilidade de uma recessão econômica em 2023, o presidente da Indonésia estabeleceu três prioridades na agenda: fortalecer a infraestrutura global de💥️ saúde, garantir uma transformação inclusiva da 💥️economia digital e promover uma 💥️transição energética sustentável.
A cúpula de dois dias é a primeira entre os líderes dos países do G20 desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro.
2 de 6 Xi Jinping e Joe Biden se cumprimentam em Bali, antes da cúpula do G20, nesta segunda-feira (14) — Foto: Kevin Lamarque/Reuters
Xi Jinping e Joe Biden se cumprimentam em Bali, antes da cúpula do G20, nesta segunda-feira (14) — Foto: Kevin Lamarque/Reuters
Na segunda-feira (12), ocorreu o primeiro encontro cara a cara entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping, desde que Biden se tornou presidente.
Embora as tensões entre EUA e China tenham se intensificado nos últimos meses, o tom do encontro foi conciliatório, segundo a Casa Branca.
3 de 6 Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante visita à cidade de Kherson no dia 14 de novembro de 2022 — Foto: Assessoria da presidência ucraniana/via REUTERS
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante visita à cidade de Kherson no dia 14 de novembro de 2022 — Foto: Assessoria da presidência ucraniana/via REUTERS
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que discursará por videoconferência nesta terça-feira sobre a guerra que acontece em seu país.
Já o presidente russo, Vladimir Putin, não comparecerá ao evento. O ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov está em Bali e vai representar a Rússia.
Espera-se que a invasão russa na Ucrânia e todas as questões econômicas envolvidas, entre elas as sanções comerciais impostas entre o ocidente e a Rússia, seja um dos principais assuntos debatidos no encontro dos líderes deste ano.
4 de 6 O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, é recebido no Aeroporto Internacional Ngurah Rai de Bali para a reunião do G20, na Indonésia, em 14 de novembro de 2022 — Foto: Leon Neal/Piscina via Reuters
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, é recebido no Aeroporto Internacional Ngurah Rai de Bali para a reunião do G20, na Indonésia, em 14 de novembro de 2022 — Foto: Leon Neal/Piscina via Reuters
Em sua primeira participação no evento, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, pedirá uma ação global coordenada para enfrentar a instabilidade econômica internacional e o aumento do custo de vida, disse a embaixada do Reino Unido em Jacarta em um comunicado nesta segunda-feira.
Segundo a embaixada, o primeiro-ministro usará o G20 como uma oportunidade para denunciar a "barbárie do Putin e forçar a Rússia a enfrentar o sofrimento global causado por essa campanha de violência sem sentido".
O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, disse na segunda-feira à secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que era importante que os Estados Unidos e a França trabalhassem juntos para conter a inflação.
Maire disse que a Europa e a França estão pagando um preço alto pelas ações da Rússia na Ucrânia, com aumento no custo da energia e inflação, e que a principal prioridade econômica da França é reduzir esse “preço”.
Eles se encontraram em uma reunião bilateral à margem da cúpula do G20 em Bali.
5 de 6 Janet Yellen, Secretária do Tesouro dos EUA, fala durante o lançamento do fundo para a pandemia, antes da Cúpula do G20 em Nusa Dua, Bali, Indonésia, no dia 13 de novembro de 2022 — Foto: REUTERS/Willy Kurniawan
Janet Yellen, Secretária do Tesouro dos EUA, fala durante o lançamento do fundo para a pandemia, antes da Cúpula do G20 em Nusa Dua, Bali, Indonésia, no dia 13 de novembro de 2022 — Foto: REUTERS/Willy Kurniawan
No domingo (13), antes do início da cúpula, as grandes economias do G20 anunciaram a criação de um fundo de US$ 1,4 bilhão (aproximadamente R$ 7,5 bilhões) para se prepararem para futuras pandemias.
"Mas isso não é suficiente" declarou o presidente indonésio Joko Widodo, ao estimar que são necessários 31 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 165 bilhões).
Este fundo foi lançado pelos ministros da saúde e da área de finanças dos países do G20, na presença do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e do presidente do Banco Mundial, David Malpass.
De acordo com o Itamaraty, a delegação brasileira vai ser chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França. A comitiva também inclui o secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos e dois servidores da Coordenação-Geral de G20, ligada ao ministério.
O nome do presidente Jair Bolsonaro não está na lista da comitiva fornecida pelo governo.
6 de 6 O presidente Joko Widodo ouve o presidente dos EUA, Joe Biden, (que não aparece na foto) durante um encontro antes da reunião de cúpula do G20 — Foto: Alex Brandon/AP
O presidente Joko Widodo ouve o presidente dos EUA, Joe Biden, (que não aparece na foto) durante um encontro antes da reunião de cúpula do G20 — Foto: Alex Brandon/AP
Joko Widodo, presidente da Indonésia e anfitrião da conferência, se reunirá com quase todos os líderes presentes em Bali. Sua intenção era concentrar a cúpula na cooperação global e na recuperação econômica, mas a guerra na Ucrânia ofuscou todo o resto.
Participarão da cúpula os líderes das três principais economias da União Europeia: o chanceler alemão, Olaf Scholz; o presidente francês, Emmanuel Macron; e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que emergiu de um movimento pós-fascista.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também estarão presentes. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, estará presente como observador.
O presidente argentino, Alberto Fernández, participa da cúpula do G20 como único líder latino-americano presente, diante das ausências do mexicano Andrés Manuel López Obrador e do brasileiro Jair Bolsonaro. O México será representado por seu ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard.
Canadá, Austrália e Japão estarão representados por seus primeiros-ministros Justin Trudeau, Anthony Albanese e Fumio Kishida, respectivamente. O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, também irá a Bali.
Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, país que sediará a cúpula no ano que vem, terá reuniões com Biden, Macron e Sunak, o primeiro líder britânico de ascendência indiana.
Do Golfo Pérsico, estarão o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salmán, e o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed bin Zayed al Nahyan.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também deve comparecer, assim como o presidente da única nação africana do G20, o sul-africano Cyril Ramaphosa.
O primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, cancelou sua participação no evento após testar positivo para Covid-19 quando chegou em Bali.
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