Com a maior bancada, PL vai indicar André do Prado para a presidência da Assembleia Legislativa de SP em 2023
O deputado estadual André do Prado (PL), que será indicado PL para presidir a Alesp em 2023. — Foto: Divulgação/Alesp
Partido com o maior número de deputados estaduais eleitos na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a partir de 2023, o PL, de Valdemar Costa Neto, fechou questão interna para lançar candidato próprio à presidência do Legislativo paulista no início da próxima legislatura, a partir de março.
A legenda deve indicar o deputado André do Prado como candidato à sucessão de Carlão Pignatari (PSDB), que preside atualmente o Legislativo e encerra o mandato ao final da atual legislatura.
Embora tenha sido reeleito deputado estadual pelo PSDB, Pignatari ainda não anunciou se é candidato à reeleição ou não no próximo ano.
2 de 7 Maiores bancadas de deputados estaduais da Alesp a partir de março de 2023. — Foto: Reprodução/TV GloboMaiores bancadas de deputados estaduais da Alesp a partir de março de 2023. — Foto: Reprodução/TV Globo
Nascido em Guararema, no interior de São Paulo, Prado está no quarto mandato consecutivo como deputado estadual em SP e tem como base eleitoral a Grande São Paulo, o Vale do Paraíba e o Vale do Ribeira.
A eventual escolha dele pode quebrar a hegemonia de cerca de 28 anos de PSDB e seus aliados em eleições diretas na Alesp. Por ter o governo do estado por quase três décadas e historicamente ter construído a maior bancada e base de apoio, o PSDB comanda o Legislativo desde 1995, quando elegeu Ricardo Tripoli presidente.
De lá pra cá, os tucanos ganharam quase todas as eleições para a presidência da Casa, com exceção de 2005 a 2007, quando o presidente eleito foi Rodrigo Garcia, até então filiado no antigo DEM, partido que sempre foi fiel aliado dos tucanos no estado de SP. Desde 2023, Garcia migrou para o PSDB.
Ao 💥️g1, André do Prado admitiu que o PL vê com bons olhos a candidatura dele à presidência e admite já ter começado conversas com as outras grandes bancadas do legislativo, como o Republicanos, do governador eleito Tarcísio de Freitas, o PT e o próprio PSDB para viabilizar a candidatura.
3 de 7 Os deputados André do Prado (PL) e Carlão Pignatari (PSDB) são diplomados para novo mandato na Alesp. — Foto: Divulgação
Os deputados André do Prado (PL) e Carlão Pignatari (PSDB) são diplomados para novo mandato na Alesp. — Foto: Divulgação
O deputado do PL admite que outros partidos que apoiam o futuro governador Tarcísio de Freitas podem se movimentar para tentar viabilizar uma outra candidatura ou até a reeleição do atual presidente, Carlão Pignatari (PSDB).
“Acho que é natural que outros partidos da base queiram lançar candidaturas próprias. O Republicanos , por ser o partido do governador, e o próprio PSDB, que tem uma bancada expressiva. Mas a eleição é só em 15 de março e até lá vamos dialogar com todo mundo e mostrar que regimentalmente o PL tem o direito de indicar o presidente”, disse ele na cerimônia de diplomação dos políticos eleitos em 2022, em São Paulo, nesta segunda-feira (19).
Mesmo sendo adversários no plano federal, o PT afirma que pode apoiar a candidatura de André do Prado na próxima legislatura, obedecendo o princípio da proporcionalidade, que garante assento na Mesa Diretora da Alesp aos partidos com as maiores bancadas.
Atualmente, o PT já ocupa a 1ª secretária com o deputado Luiz Fernando (PT).
“O André do Prado já sinalizou que vai respeitar o princípio da proporcionalidade das bancadas que sempre norteou as eleições aqui na Alesp e as decisões do nosso partido. O PT deve se reunir em janeiro para tirar uma decisão conjunta de bancada, mas o apoio ao André é legítimo e deve prevalecer”, disse o deputado Paulo Fiorilo, que foi diplomado nesta segunda (19) para mais um mandato na próxima legislatura na Alesp.
4 de 7 O deputado estadual Paulo Fiorilo, do PT. — Foto: Secom/AlespO deputado estadual Paulo Fiorilo, do PT. — Foto: Secom/Alesp
O petista descartou um apoio do PT a uma possível reeleição do deputado Carlão Pignatari (PSDB) para a próxima legislatura.
“É vontade do Carlão ser reeleito. Mas o PT não pretende, por ora, apoiar essa candidatura, ao menos se ele mostrar que será um candidato de oposição ao Tarcísio. O que não deve acontecer. Sendo assim, o PT vai respeitar a proporcionalidade das bancadas e o PSDB precisa admitir que perdeu força e terá a terceira maior bancada apenas na próxima legislatura”, declarou.
Segundo Paulo Fiorilo, a reeleição de Carlão Pignatari só se sustentará na Alesp se o futuro governador Tarcísio indicar que apoia a recondução do tucano para o período de 2023 a 2024.
O 💥️g1 procurou o deputado Carlão Pignatari, mas ele não quis se pronunciar.
Interlocutores do tucano disseram que pesa a favor da candidatura dele o fato de ter muita proximidade com o futuro secretário de Governo de Tarcísio, Gilberto Kassab (PSD), e pelo histórico de Pignatari de saber contornar crises na Casa, como a que gerou a cassação do deputado 'Mamãe Falei', em 2022, e a punição aplicada ao colega Fernando Cury (União Brasil), flagrado passando a mão na deputada Isa Penna (PCdoB) dentro do plenário, em 2023.
5 de 7 O presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), com o futuro secretário de governo de Tarcísio, Gilberto Kassab (PSD). — Foto: Divulgação/AlespO presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), com o futuro secretário de governo de Tarcísio, Gilberto Kassab (PSD). — Foto: Divulgação/Alesp
Por outro lado, o atual mandato legislativo está terminando e não houve acordo na Casa para aprovar em plenário a punição ao deputado Frederico D'ávila (PL), acusado de usar a tribuna da Alesp para xingar o papa Francisco e o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes.
Em 12 de outubro de 2023, Dávila ocupou a tribuna para chamar o papa de 'vagabundo' e arcebispo de 'safado', logo após o feriado de Nossa Sra. Aparecida.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma carta direta ao presidente da Alesp pedindo providências e punição ao parlamentar, mesmo depois do pedido de desculpas públicas dele. O deputado do PL teve um pedido de suspensão de três meses do mandato aprovado no Conselho de Ética desde fevereiro, que não foi apreciado pelo plenário até a presente data.
6 de 7 O atual presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), cumprimenta o governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) na cerimônia de diplomação dos políticos eleitos em 2022. — Foto: Divulgação/AlespO atual presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), cumprimenta o governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) na cerimônia de diplomação dos políticos eleitos em 2022. — Foto: Divulgação/Alesp
Em conversa com o 💥️g1, o vice de Tarcísio de Freitas, Felício Ramuth (PSD), disse que o futuro gabinete do Palácio dos Bandeirantes não vai tomar parte de nenhuma candidatura na futura base de apoio do governo na Alesp.
7 de 7 O governador eleito de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e seu vice, Felício Ramuth (PSD), em evento do TRE-SP, na Sala São Paulo, em 19 de dezembro de 2022.. — Foto: Divulgação/Alesp
O governador eleito de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e seu vice, Felício Ramuth (PSD), em evento do TRE-SP, na Sala São Paulo, em 19 de dezembro de 2022.. — Foto: Divulgação/Alesp
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