Flávio Dino diz que eleição de 2022 'acabou' e que atentar contra governo eleito 'é crime'

O ministro da Justiça, Flávio Dino, exibe a cópia rara da Constituição, que foi roubada por golpistas e recuperada pela polícia — Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo 1 de 1 O ministro da Justiça, Flávio Dino, exibe a cópia rara da Constituição, que foi roubada por golpistas e recuperada pela polícia — Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

O ministro da Justiça, Flávio Dino, exibe a cópia rara da Constituição, que foi roubada por golpistas e recuperada pela polícia — Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta sexta-feira (13) que a eleição de 2022 acabou e que "atentar" contra um governo legitimamente eleito "é crime".

Dino deu a declaração durante uma cerimônia em Brasília, na qual foram homenageados policiais que tentaram pôr fim à ação de vândalos bolsonaristas radicais durante os atos terroristas do último domingo (8).

"As eleições são periódicas e, por serem periódicas, são finitas. Pelo amor de Deus, acabou a eleição de 2022. Entendam definitivamente isto. E se preparem para a próxima. Haverá outra em 2026. E nós, os vencedores de 2022, se perdermos em 2026, vamos respeitar democraticamente o resultado, como respeitamos em 2018", afirmou Dino.

Dirigindo-se a pessoas que "questionam as prisões em flagrante" realizadas após os atos terroristas de domingo, Flávio Dino acrescentou:

Nesta quinta (12), foi revelado que a Polícia Federal (PF) encontrou na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres uma minuta de decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022.

Após a revelação de que o documento havia sido encontrado, Torres afirmou em uma rede social que o documento "foi vazado fora do contexto ajudando a alimentar narrativas falaciosas" contra ele.

Anderson Torres está nos Estados Unidos e teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes tomou a decisão ao atender a um pedido da PF.

Na cerimônia desta sexta-feira, Dino não mencionou o material encontrado pela PF na casa de Anderson Torres.

No mesmo evento, Flávio Dino disse que nesta sexta-feira, ele irá ao STF, acompanhado do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, para devolver à presidente da Corte, Rosa Weber, o exemplar da Constituição de 1988 que foi roubado pelos terroristas e recuperado pela polícia.

"Vamos ao STF, simbolicamente, restituir ao STF a Constituição subtraída. É uma das poucas assinadas pelos constituintes. Vamos devolver à ministra Rosa Weber [...]. A Constituição aqui está e venceu. O Brasil venceu", concluiu Dino.

Na cerimônia com agentes de segurança, Flávio Dino lamentou os estragos feitos pela minoria bolsonarista radical nos prédios do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional – que sediam os Três Poderes em Brasília.

O ministro da Justiça disse que, com os atos de vandalismo, "milhões de reais" foram retirados do povo brasileiro.

"Quantos milhões vão ser empreendidos pra reparar os danos materiais? R$ 10 milhões, R$ 15milhões? Não sabemos ao certo. Este dinheiro poderia ter um destino melhor", disse.

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