Rodovia Régis Bittencourt é totalmente liberada depois de ficar alagada por 26 horas durante chuva
Trecho da Rodovia Régis Bittencourt ainda alagado na noite da quarta-feira (1º) — Foto: Reprodução/TV Globo
A Rodovia Régis Bittencourt, principal ligação de São Paulo com o Sul do país, foi liberada totalmente após ficar 26 horas alagada por causa da chuva que atingiu Embu Guaçu, na Grande São Paulo, entre terça-feira (31) e quarta (1º). A liberação parcial começou apenas depois de 18 horas de interdição. Motoristas passaram apuros esperando baixar a água da chuva.
A passagem em meia pista no sentido Curitiba foi liberada por volta de meio-dia e meia, ainda com água na rodovia. De manhã, a situação foi pior e só os caminhões grandes se arriscavam. O congestionamento chegou a seis quilômetros no sentido da capital.
A Prefeitura de Embu das Artes usou bombas e caminhões-pipa para tirar a água das pistas. Em poucas horas, sugou mais de 30 mil litros. Por volta das 20h a via foi totalmente liberada.
De acordo com a prefeitura e a Defesa Civil do município, a causa do alagamento pode estar em um imóvel que fica a alguns metros da rodovia.
Debaixo do galpão passa o Córrego Poá, principal caminho para escoar a água da chuva. Nos últimos dias, uma movimentação no terreno bloqueou a galeria.
“Ali é uma área particular, porém a prefeitura nesse momento não pode se omitir. Nós estamos tomando todas as medidas possíveis, como a notificação do proprietário do imóvel, como o locatário do galpão, mas a prefeitura está fazendo um serviço de emergência, porque se a gente aguardar pela empresa, o proprietário do imóvel, pode ser que demore muito e a gente não tem condição de deixar a Régis dessa forma”, disse Daniel Bogalho, secretário de Obras de Embu das Artes.
Na tarde desta quarta-feira (1º), os técnicos conseguiram se aproximar da tubulação que foi bloqueada. Três máquinas foram usadas e retiram a terra e o entulho acumulados.
Hugo Prado, vice-prefeito de Embu das Artes cobrou publicamente a Arteris — concessionária que administra a rodovia e disse que a empresa não fez nada para liberar a estrada.
“Nós estamos com as equipes aqui fazendo esse trabalho de sucção, com as equipes lá onde houve esse problema com o imóvel que fez a demolição e abrindo para que a gente possa ter uma vazão dessa água, o escoamento dessa água lá na galeria. Infelizmente, por parte da Arteris nós não tivemos nenhuma ação efetiva para nos ajudar a resolver esse problema, que é deles”, afirmou Prado.
Durante a tarde, técnicos a Arteris foram até os pontos interditados, mas não deram entrevista ao SP2.
Em nota ao SP2, a Arteris disse que a solução para os alagamentos na região de Embu das Artes e cidades vizinhas depende de obras de macrodrenagem, fora do trecho de concessão da empresa. Informou que tem equipes de manutenção que percorrem a via, monitoram possíveis pontos obstruídos e realizam o serviço de limpeza.
Em uma rede social, a concessionária informou que equipes estavam trabalhando para escoar o alagamento, que no sentido Sul a alternativa para os motoristas é a Raposo Tavares e, no sentido capital, o desvio é no Rodoanel.
Funcionários da Prefeitura de Embu das Artes orientaram o tráfego no local. Até mesmo o vice-prefeito e o secretário de Obras da cidade fizeram isso, mas muitos motoristas optaram por um desvio por dentro das cidades de Embu das Artes e Taboão da Serra.
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