Pobreza social bate recorde e atinge 64,6 milhões de brasileiros durante pandemia, diz estudo

Mulher em situação de vulnerabilidade se ollha no espelho na avenida Radial Oeste, no entorno do Maracanã, Zona Norte do RJ — Foto: Marcos Serra Lima/g1 1 de 1 Mulher em situação de vulnerabilidade se ollha no espelho na avenida Radial Oeste, no entorno do Maracanã, Zona Norte do RJ — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Mulher em situação de vulnerabilidade se ollha no espelho na avenida Radial Oeste, no entorno do Maracanã, Zona Norte do RJ — Foto: Marcos Serra Lima/g1

💥️A pobreza social no Brasil bateu recorde durante a pandemia de Covid-19, atingindo 64,6 milhões de pessoas em 2023. É o que mostra um estudo publicado por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

Entre 2023 e 2023, 11,7 milhões de brasileiros entraram em situação de pobreza social, elevando a 30,4% o percentual de pessoas nessa condição – a maior taxa da série histórica, iniciada em 2012.

O estudo do Laboratório de desigualdades, pobreza e mercado de trabalho da universidade analisou as dimensões 💥️absoluta e 💥️relativa da pobreza, considerando linhas de medição do Banco Mundial. Os dados foram baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE.

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De acordo com a pesquisa, os grupos mais atingidos pelo aumento da pobreza social foram os negros e moradores das regiões Norte e Nordeste.

Entre os brancos, a taxa de pobreza social era de 19,4% em 2023, enquanto o percentual entre os pretos, pardos e indígenas chegou a 38,9%.

No Nordeste do país, a taxa de pessoas abaixo da linha da pobreza era de 36,4%. O Norte era a segunda região com maior concentração de pessoas nessa situação, com 33,9% da população. Em seguida, estavam Sudeste (29%), Centro-Oeste (28,4%) e a região Sul (24%).

O estudo também mostrou que o percentual de mulheres em situação de pobreza social foi superior ao de homens entre 2012 e 2023, com exceção de 2018, quando ficou 0,07 pontos percentuais abaixo. Em geral, no entanto, a diferença é relativamente pequena.

"Isso acontece porque o cálculo das taxas de pobreza é feito com base na renda da família onde os indivíduos estão inseridos. Dessa forma, se a família é considerada pobre de acordo com determinado critério, todos os seus membros serão assim classificados, independentemente de seu sexo", diz o estudo.

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Para o cálculo da linha de pobreza, foi considerada a renda domiciliar per capita, incluindo os rendimentos de trabalho formal ou informal, além de fontes como seguro-desemprego, aposentadorias e programas de transferência de renda.

“Todos abaixo da linha de extrema pobreza (R$ 182 per capita, a preços de 2023) são automaticamente considerados em situação de pobreza social", explica o documento.

Além disso, o relatório combinou os conceitos de pobreza absoluta e relativa, considerando os valores de média nacional, em 2023:

O estudo também levou em conta as diferenças regionais. Em São Paulo, por exemplo, foram consideradas pessoas em linha de pobreza social aquelas que tinham renda per capita de R$ 647,79 em 2023. No Maranhão, por outro lado, o valor considerado foi de R$ 297,79.

Com isso, a estimativa é que em São Paulo a taxa de pobreza atingia 12,7 milhões de pessoas em 2023, ou 27,3% da população. No Maranhão, a taxa ficou 10 pontos percentuais acima, atingindo 37,3%.

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