Golpes no Carnaval: troca de cartão e mudança de valor são fraudes mais comuns; veja como se proteger
Carnaval é festa – mas, se o folião não estiver atento, pode acabar em tristeza também. Com muita gente desatenta (e outras tantas alcoolizadas), os golpistas aproveitam para fazer a folia deles também.
Um dos golpes mais comuns é aquele em que o cliente pede uma bebida, entrega o cartão ao vendedor, digita a senha e, horas depois, percebe que durante a compra o seu cartão foi trocado.
Nesse golpe, o criminoso – que, muitas vezes, se passa por ambulante – devolve um modelo idêntico, geralmente de uma pessoa que sofreu com o mesmo esquema.
Existe uma forma simples, mas eficaz, de evitar esse golpe. 💥️Nunca entregue seu cartão para alguém inserir na máquina e realizar o pagamento. Faça isso você mesmo. A dica é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que faz uma série de alertas para crimes financeiros.
Os criminosos são rápidos. Eles utilizam o cartão e a senha – observada no momento da digitação – para realizar compras e transações com seus dados. 💥️Nesse caso, cabe outra dica antiga, mas igualmente importante: o cuidado com a senha.
O especialista também alerta que, muitas vezes, os golpistas usam algum truque e desviam a atenção do folião para que a vítima digite a senha no campo destinado ao valor da compra, o que deixa os números à mostra.
"Isso permite que o bandido descubra o código secreto. É importante ressaltar que o campo de senha deve mostrar apenas asteriscos”, diz.
1 de 1 Bloco Amores Líquidos desfila pelo Centro do Rio no pré-carnaval — Foto: João Ricardo Gonçalves/ g1Bloco Amores Líquidos desfila pelo Centro do Rio no pré-carnaval — Foto: João Ricardo Gonçalves/ g1
💥️Outro golpe muito comum é o da alteração do valor. Nesse caso, o criminoso digita um valor diferente do que deveria ser pago.
Tendo isso em vista, se você já inseriu o cartão na maquininha e está pronto para proteger a sua senha, o terceiro passo é observar o valor que aparece no visor. Outra dica é pedir o comprovante para confirmação do valor da compra.
Outro motivo de desconfiança é quando o vendedor pede para passar o cartão novamente. Nesse momento, é preciso verificar o valor e se houve alguma cobrança diferente pelo aplicativo do banco.
Também é importante não guardar senhas, especialmente de bancos, em blocos de anotação ou aplicativos no celular. O papelzinho – hoje menos utilizado – também é contraindicado.
Os mesmos cuidados valem para pagamentos via PIX. Nesse caso, é essencial confirmar se o QR Code indicado ou a transferência está com o valor correto e indo para a pessoa certa. A atenção vale não só para o Carnaval.
Diminuir os limites de transação, seja do PIX ou de cartões, também é uma ferramenta que pode ajudar a evitar maiores prejuízos. "Se a pessoa vai para algum lugar de maior risco e em meio a aglomerações, é uma medida que ajuda a proteger o próprio dinheiro", diz.
💥️Confira dez dicas da Febraban para aproveitar o feriado do Carnaval com mais segurança para o seu bolso:
O primeiro passo é ligar para o banco e explicar a situação. Quanto antes entrar em contato, maior a chance da instituição na tentativa de recuperar o dinheiro e realizar a devolução, explica Volpini. A segunda etapa é fazer um boletim de ocorrência.
💥️Em relação às políticas de ressarcimento, os processos dependem de cada instituição bancária.
Segundo o especialista, também não há diferença entre o uso de cartões de crédito ou débito. Os mesmos riscos e formas de proteção valem para as duas modalidades, com ou sem o recurso de pagamento por aproximação habilitado.
O especialista descarta que o uso de cartão por aproximação ofereça mais riscos. Isso porque o pagamento só é efetuado quando encostado diretamente nas maquininhas, ficando protegido quando está bem guardado na carteira ou na bolsa.
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