Estratégia para o hidrogénio “não é nada clara”, afirma CEO da REN &

O presidente executivo (CEO) da REN, Rodrigo Costa, afirma que o país tem de ser mais claro na sua política energética e prioridades de investimento. Em particular em relação ao hidrogénio verde, o gestor afirma que a estratégia “não é nada clara”. Em paralelo, o CEO da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, reconhece que a descarbonização está em risco na sequência de os investimentos nesta área estarem a diminuir.

💥️“Tenho dificuldade em perceber qual a estratégia do hidrogénio [verde]. O que se pretende do hidrogénio no futuro? Para mim não é nada claro. (…) A realidade é que eu neste momento leio muita coisa, mas se me perguntarem o que vai acontecer, não sei”, afirmou o CEO da REN, Rodrigo Costa, no painel “Energia e Futuro” da Portugal Energy Conference 2024.

Dando como exemplo um memorando assinado entre Portugal, Espanha, França e Alemanha para a construção de um gasoduto que ligue a Península Ibérica ao resto da Europa, o CEO da REN afirma: “Estamos a fazer trabalhos que não sabemos que se adequam ou não à tal estratégia.💥️ É preciso haver uma estratégia mais clara nesta área toda da energia“.

Em paralelo, concedeu que é “compreensível” que exista “dificuldade de decisão governativa”, mas que esta “não se compadece com a velocidade que é precisa”.

A importância de uma maior clareza na política energética voltou a ser levantada pelo gestor mais à frente na discussão, a propósito da ligação de grandes projetos à rede, em particular os centros de dados. Rodrigo Costa observa que estes projetos surgem em Portugal “à velocidade que crescem cogumelos” e “💥️falta saber o que o Estado pretende fazer em matéria de investimento e prioridades“.

Isto coloca-se uma vez que um centro de dados de uma “dimensão razoável” consome tanto como uma cidade pequena, indica Rodrigo Costa. “💥️Há a necessidade de antever que projetos têm probabilidade de acontecer e a partir daí é que definimos um plano“, sublinhou, defendendo que para a REN fazer uma proposta de investimentos “bem feita” é preciso que haja “uma orientação”.

Ainda na mesma intervenção, Rodrigo Costa estendeu a preocupação a outro tipo de projetos, como os de hidrogénio verde, amónia ou parques solares, e identificou “dificuldades imensas” dos investidores em avançar com esses projetos.

Investimentos na descarbonização a diminuir

“A descarbonização está em risco”, alertou, na mesma ocasião, o presidente da EDP, Miguel Stilwell de Andrade.

Referindo-se ao objetivo definido no âmbito da COP28, em 2023, de triplicar o investimento em renováveis até 2030, Miguel Stilwell observa que não está bem encaminhado. “💥️Se olharmos para as projeções que temos, não vamos atingir esse triplicar até 2030. Estamos a descarbonizar mas não à velocidade que devíamos estar. Estamos a investir menos do que investíamos antes“, afirma.

Neste ponto, o gestor indica que é o caso da EDP, mas também das pares: “Todas as empresas têm estado a rever os seus objetivos de investimento em baixa”, avança. Em paralelo, acredita que tem havido uma maior aposta nas redes, uma eventual realocação de capital para este segundo segmento.

De forma a alcançar os objetivos definidos para 2030, acredita que seria importante “desbloquear” vários processos, em particular o licenciamento. O CEO da REN concorda: “💥️N💥️unca vi uma onda de complexidade e burocracia tamanha“, comentou.

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