Emas e peixes mortos: entenda o caso dos animais da presidência e veja o que diz cada governo

Discussão envolve carpas do espelho d'água do Palácio da Alvorada e emas que viviam no Alvorada e na Granja do Torto.

  • No caso das carpas, atual gestão diz que uma limpeza ordenada pelo governo Bolsonaro ocasionou mortes de peixes.

  • Ex-primeira dama Michelle Bolsonaro rebateu governo Lula e afirmou que processo de limpeza aconteceu "muito depois" da saída dela e de Bolsonaro do Palácio.

  • Já em relação às emas, autópsia de uma das aves apontou excesso de gordura visceral como uma possível causa do óbito

    A troca de governo fez o Palácio da Alvorada ganhar novos moradores em 2023: Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República eleito em 2022, e sua mulher, a socióloga Janja. Eles se mudaram para residência onde antes moravam Jair Bolsonaro (PL), que deixou o cargo, e Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama.

    Mas permaneceram no Alvorada alguns "antigos moradores", caso das carpas do espelho d'água e as emas dos jardins, que viraram centro de polêmica nesta semana.

    Compartilhe no WhatsAppCompartilhe no Telegram

    Primeiro, carpas do espelho d'água morreram, conforme revelado pelo "Metrópoles". No local onde elas viviam, era comum que visitantes jogassem moedas, num ritual em que se acredita trazer sorte.

    Segundo o Planalto, cerca de 70 carpas viviam no espelho d'água em 2022. Atualmente, menos de dez ainda estão vivas.

    Fachada do Palácio do Alvorada, em Brasília — Foto: Ichiro Guerra/ Presidência da República 1 de 2 Fachada do Palácio do Alvorada, em Brasília — Foto: Ichiro Guerra/ Presidência da República

    Fachada do Palácio do Alvorada, em Brasília — Foto: Ichiro Guerra/ Presidência da República

    A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) afirmou, nesta quinta-feira (9), que as carpas morreram após limpeza ordenada na gestão anterior, que foi feita por uma empresa terceirizada em 27 de dezembro, quando o presidente ainda era Bolsonaro, e em 2 de janeiro.

    "Nesse contexto, a maioria das carpas que viviam ali acabaram morrendo em função da baixa oxigenação da água e também por causa do transporte para colocação no reservatório secundário", disse a Secom.

    A pasta também afirmou que não há informações claras sobre se houve a retirada de moedas do espelho, mas que hoje há "pouquíssimas" moedas no local e que "cabe à gestão anterior explicar o que foi feito com elas".

    Na quarta-feira (8), um dia antes do comunicado do governo Lula, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro afirmou, em rede social, que a limpeza teve início no dia 2 de janeiro, "portanto, após nossa saída do Palácio".

    "Houve relatos de que, no dia 10/1, peixes começaram a morrer. Portanto, toda operação de retirada dos peixes e limpeza do espelho d'água ocorreu muito depois de nossa saída da residência", escreveu ela.

    Michelle afirmou, no entanto, que, antes de deixar o Palácio, no dia 30 de dezembro, expressou o desejo de que, "se fosse possível, quando realizassem a limpeza, as moedas que repousavam no fundo do espelho d'água fossem recolhidas e, em seguida, doadas a uma instituição de caridade que cuida de mais de oitenta 'especiais'".

    Ela também postou um vídeo de um representante dessa instituição agradecendo a doação e um recibo.

    💥️LEIA TAMBÉM

    A Casa Civil informou, nesta quinta-feira (9), a morte de três emas dos jardins das residências oficiais da Presidência da República. O caso foi descoberto pelo "UOL".

    Foram registradas a morte de uma ema no Palácio da Alvorada, moradia do presidente da República, e duas na Granja do Torto, espécie de casa de campo à disposição do governo.

    Emas no Palácio da Alvorada, em imagem de arquivo — Foto: Presidência da República/Reprodução 2 de 2 Emas no Palácio da Alvorada, em imagem de arquivo — Foto: Presidência da República/Reprodução

    Emas no Palácio da Alvorada, em imagem de arquivo — Foto: Presidência da República/Reprodução

    De acordo com a Casa Civil, a autópsia da ema morta no Alvorada apontou excesso de gordura visceral como uma possível causa do óbito. A causa será apontada de forma definitiva em laudo que vai ser divulgado na segunda semana de fevereiro.

    Segundo a pasta, o governo federal tomou conhecimento das mortes e verificou mau estado de saúde em outras aves dos jardins da Presidência e, por isso, adotou providências para "adequar as instalações físicas dos animais".

    Não há informações sobre declarações de Bolsonaro e Michelle, nem de nenhuma autoridade da gestão anterior, sobre a situação das emas.

    O que você está lendo é [Emas e peixes mortos: entenda o caso dos animais da presidência e veja o que diz cada governo ].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
  • Wonderful comments

      Login You can publish only after logging in...