Líder do União Brasil diz que partido segue independente após crise com ministro

O líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (União-BA), afirmou nesta terça-feira (7) que a legenda continuará independente no Congresso em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Tivemos três filiados do União Brasil ocupando cargos do governo do ex presidente Jair Bolsonaro [...] e nem por isso fomos base do governo. Agora, muito menos", disse o deputado em entrevista à GloboNews.

Na segunda (6), Lula decidiu manter Juscelino Filho (União Brasil-MA) à frente do Ministério das Comunicações, apesar das recentes acusações de uso indevido de recursos públicos. Os dois tiveram uma reunião antes do anúncio da decisão.

Integrantes do União Brasil chegaram a dizer a representantes do governo Lula que uma possível exoneração de Juscelino aumentaria a rejeição da sigla ao governo petista.

A permanência de Juscelino no governo Lula aconteceu mesmo com pressão de aliados petistas por sua saída. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chegou a dar declarações defendendo a afastamento do ministro.

O União do Brasil foi responsável pela indicação de três nomes para os ministérios na Esplanada dos Ministérios:

Embora a pasta da Integração e Desenvolvimento Regional seja chefiada por um nome do PDT, a indicação partiu do senador do União Davi Alcolumbre.

O União Brasil tem 59 deputados e 10 senadores.

"Os partidos que estavam com o presidente Lula no primeiro turno representam um terço da Câmara e do Senado. Isso obriga o governo a ter responsabilidade de ampliar o diálogo para o centro. E de outro lado nos obriga a conversar com o governo, além de dar as condições de poder implantar o programa que foi sugerido à sociedade", disse Elmar Nascimento.

Na entrevista à GloboNews, o deputado federal também falou sobre a reforma tributária. Segundo Elmar Nascimento, o União Brasil é um partido reformista e, por isso, deve contribuir com o governo Lula na aprovação da proposta.

"O que a gente quer ver é uma reforma tributária descente, que dê condições de gerações de emprego, de trabalho. Todas essas questões que o governo nos chamar a contribuir, seja do ponto de vista de sugerir alguma coisa, seja do ponto de vista de participar ajudando nas votações, vamos estar juntos", disse o líder do União.

Elmar Nascimento, no entanto, ponderou o apoio ao dizer que o partido não votará em aumentos de impostos:

"É cláusula pétrea, a gente não vota aumento de imposto. Chance zero de votar aumento de imposto".

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