PF define delegado que vai conduzir investigação sobre entrada ilegal de joias da Arábia Saudita

Joias dadas pelo governo da Arábia Saudita a Michelle Bolsonaro — Foto: Wilton Júnior/ Estadão 1 de 1 Joias dadas pelo governo da Arábia Saudita a Michelle Bolsonaro — Foto: Wilton Júnior/ Estadão

Joias dadas pelo governo da Arábia Saudita a Michelle Bolsonaro — Foto: Wilton Júnior/ Estadão

A Polícia Federal definiu o delegado que vai assumir a investigação do caso da entrada ilegal de joias presenteadas pela Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O escolhido é Adalto Ismael Rodrigues Machado, da delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal de São Paulo. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo e confirmada pela TV Globo.

De acordo com informações obtidas pela 💥️GloboNews, no ofício da Polícia Federal constam dois artigos de crimes que serão investigados no caso das joias:

A 💥️GloboNews apurou também que a Receita Federal deve fazer uma reunião com o Ministério Público Federal (MPF) nos próximos dias para tentar entender os detalhes do caso e definir os próximos passos da investigação. Durante uma reunião, integrantes da Receita afirmaram que consideram que os objetos eram presentes dados que deveriam ter sido registrados como patrimônio público da União.

A Controladoria-Geral da União (CGU) vai abrir uma investigação para apurar o foco é a atuação de servidores no caso.

Durante o processo de apreensão das peças, o governo Bolsonaro tentou recuperar os itens retidos pela Receita Federal sem cogitar pagar o imposto e a multa necessários. Foram, ao menos, oito tentativas, conforme revelou o jornal "Estado de S. Paulo".

As investidas envolveram os ministérios de Minas e Energia e Relações Exteriores, Planalto e Receita e foram marcadas por pressão por parte integrantes das pastas para liberação das joias fora das regras previstas. Apesar das tentativas, os servidores da Receita resistiram.

Os itens foram encontrados na mala de um assessor do Ministério de Minas e Energia e não foram declarados à Receita como item pessoal, o que obrigaria o pagamento de imposto, e acabaram apreendidos.

As joias poderiam ter entrado no Brasil sem pagar imposto, desde que fossem declaradas como presente para o Estado brasileiro, mas, nesse caso, ficariam com a União, não com Michelle.

O procedimento da CGU é chamado de investigação preliminar sumária e pode levar à abertura de um processo administrativo disciplinar para punir servidores que tenham agido de maneira irregular no caso.

Segundo a CGU, a medida será adotada por conta das autoridades supostamente envolvidas.

A investigação não atinge, no entanto, eventuais militares envolvidos no caso, que são sujeitos à investigação das Forças.

A Polícia Federal também abriu, na segunda-feira (6), um inquérito para apurar as tentativas do governo Bolsonaro em liberar as joias de diamante.

O caso também está na mira do Ministério Público Federal. Na segunda, procuradores da República em Guarulhos e integrantes da Receita Federal fizeram uma primeira reunião para definir os próximos passos da investigação.

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