Morte nos EUA por doença pulmonar alerta sobre riscos do cigarro eletrônico

“A gravidade das doenças que as pessoas enfrentam é alarmante e precisamos divulgar que o uso de cigarros eletrônicos e vaping pode ser perigoso”, disse o diretor de saúde pública de Illinois, Ngozi Ezike (Imagem: David Paul Morris/Bloomberg)

Um morador de Illinois, nos Estados Unidos, morreu após ser hospitalizado com uma doença respiratória grave que, segundo as autoridades de saúde, está ligada ao vaping, informou o Departamento de Saúde Pública do estado na sexta-feira.

A morte é a primeira registrada por uma doença misteriosa que autoridades de saúde investigam para determinar se está associada com cigarros eletrônicos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) disse na sexta-feira que está investigando 193 possíveis casos de doença pulmonar grave associada ao uso de cigarros eletrônicos em 22 estados. A pessoa que morreu em Illinois era um adulto, disse Jennifer Layden, diretora médica do estado, em entrevista por telefone.

“A gravidade das doenças que as pessoas enfrentam é alarmante e precisamos divulgar que o uso de cigarros eletrônicos e vaping pode ser perigoso”, disse o diretor de saúde pública de Illinois, Ngozi Ezike, em comunicado.

Um aumento no uso de vaping por adolescentes nos últimos anos causou protestos contra os efeitos nocivos da nicotina no desenvolvimento do cérebro, além do estímulo dos cigarros eletrônicos, que levaria jovens a se tornarem fumantes. A Food and Drug Administration, agência que regula fármacos e alimentos nos EUA, respaldou críticas de empresas como a Juul Labs, controlada pela Altria, fabricante da marca Marlboro, por causa do marketing direcionado aos jovens. A Juul diz que seus produtos se destinam a ajudar fumantes adultos a parar de fumar.

É possível que a doença não seja nova, mas que tenha sido detectada apenas agora devido ao maior uso do vaping, disse Brian King, vice-diretor de tradução de pesquisas do Escritório de Tabagismo e Saúde do CDC.

“Sabemos que o aerossol do cigarro eletrônico não é inofensivo, portanto é possível que alguns casos já tenham ocorrido”, disse.

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