Novo mix do PIB puxa crescimento sem pressionar juro

A economia cresceu 0,6% no 3º trimestre, ante estimativa de 0,4% (imagem: Marcello Casal jr/Agência Bras )

Ao contrário do que seria de se esperar, o crescimento maior que o previsto do 💥️PIB brasileiro no 3º trimestre não está levando à alta dos juros futuros e nem à redução das apostas em cortes da 💥️Selic.

O principal motivo é o mix de política econômica conduzido pelo ministro da 💥️Economia, 💥️Paulo Guedes, que se destina a promover o crescimento com investimentos e consumo privado, em meio aos juros mais baixos, e não com estímulos do 💥️governo.

“O que gostei do resultado divulgado hoje foi a qualidade do número, pois foi um crescimento mais sustentado pelo setor privado e o gasto do governo se contraiu”, disse Alberto Ramos, economista-chefe do 💥️Goldman Sachs para América Latina.

A economia💥️ cresceu 0,6% no 3º trimestre, ante estimativa de 0,4%. O consumo das famílias avançou pelo quinto trimestre seguido, enquanto o consumo do governo recuou pelo segundo período consecutivo.

Os investimentos, também vistos como indicador de expansão saudável, tiveram a segunda alta seguida.

O governo tirou o Estado da economia e 💥️abriu espaço ao setor privado, disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, ao comentar o resultado do PIB em entrevista à rádio Jovem Pan.

O crescimento já foi observado nas vendas da 💥️Black Friday e vai permitir ao país o melhor Natal dos últimos anos, disse o secretário.

A economia está indo para um ritmo de expansão próximo de 2% de forma saudável, sem estímulo fiscal, que seria insustentável, e puxado pelo setor privado, disse o economista do 💥️Itaú Unibanco💥️ (💥️ITUB4), Luka Barbosa.

Do lado da demanda, investimentos foram mais fortes e a construção & um setor que vinha pesando negativamente nos últimos anos & teve o segundo trimestre positivo, destaca o economista.

Consumidor Consumo EUA

Caso o governo prossiga com o ajuste fiscal, o PIB crescerá com pressão inflacionária menor (Imagem: Reuters/Mark Makela)

Selic

A aposta de novo corte de 0,50 ponto percentual da 💥️Selic em dezembro, para 4,5%, está mantida, até porque foi claramente sinalizada pelo Banco Central na última reunião do 💥️Copom.

Barbosa, do Itaú, prevê ainda outras duas reduções adicionais do juro básico, de 0,25 pp cada em 2023, para 4%. Os motivos são a inflação abaixo da meta e o crescimento econômico, previsto em 2,2% para o próximo ano, ainda dentro do potencial do país.

Caso o governo prossiga com o ajuste fiscal, o PIB crescerá com pressão inflacionária menor e, quando o BC tiver de elevar os juros no futuro, a Selic não precisará subir a níveis já vistos no passado, diz Ramos, do Goldman.

“Mas ainda é preciso continuar com as reformas, aprofundar o ajuste fiscal e tornar a economia mais produtiva.”

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