Sidnei Nehme: perspectivas econômicas do Brasil acentuam otimismo
O Brasil “vive” um momento ímpar com juro baixo, inflação baixa, reforma da previdência aprovada com resultados melhores do que os prognosticados (Imagem: Unsplash/@phaelnogueira)
Rápido demais, dirão uns, imprevisto e surpreendente, dirão outros, mas o fato é que as perspectivas econômicas para o 💥️Brasil se acentuam e o otimismo impulsiona movimento mutante para melhor num curto espaço de tempo, e isto impacta no ativo mais sensível do mercado, o preço do 💥️dólar.
E o efeito parecerá mais retumbante devido ao fato da taxa cambial que tem prevalecido conter notória “disfuncionalidade” ancorada pela intervenção do 💥️Banco Central na forma “neutra”, que dá sustentabilidade ao fato, que, contudo, acabará por sucumbir ante as pressões do mercado que ajustam o preço da moeda americana, cuja queda poderia ser mais rápida e intensa fosse a intervenção somente com oferta de dólares à vista.
E é emblemático o fato de que o movimento de apreciação do real já ocorra somente com base nas expectativas, de vez que os fluxos cambiais positivos ainda não se materializaram para o país, mas a ocorrência de tantos fatos positivos pró Brasil conduzem a antecipação das reações, até porque o preço atual da moeda americana está absoluta e infundadamente “fora da curva”.
Inicialmente, é necessário enfatizar que “o Brasil nunca, nos tempos recentes, teve qualquer fato que pudesse sugerir crise cambial”, e esta realidade conviveu com o contraditório movimento de depreciação do real sem, contudo, ter evidenciado quaisquer fundamentos de sustentabilidade.
Banco Central mantém atuação neutra frente ao câmbio (Imagem: Beto Nociti/Banco Central/ Flickr)
O Brasil “vive” um momento ímpar com juro baixo, 💥️inflação baixa, 💥️reforma da previdência aprovada com resultados melhores do que os prognosticados, sinalização de reformas tributária e administrativa “no forno”, crescimento modesto do PIB.
Mas acima das projeções e para 2023 algo como 2,5%, quando a visão geral sugere que a economia global terá dificuldade para superar crescimento de 2,0%, e ainda resta a ativação efetiva do programa de privatizações que tende a atrair volume considerável de investimentos externos.
E mais, o 💥️Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (💥️Ipea) prevê que o déficit primário do governo neste ano deverá ser de R$ 67,1 bilhões, “menos da metade da meta definida pela Lei de Diretrizes orçamentárias [R$139 bilhões]”, conforme destaca a Carta de Conjuntura nº 45 publicada nesta quarta-feira-feira (11), no Rio de Janeiro, pela Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômica do instituto.
mudança abrupta das percepções no em torno do Brasil para melhor impulsionam alterações de posicionamentos nos mercados e isto tende a se refletir pontualmente com contundência no mercado futuro de dólar (Imagem: Unsplash/@sharonmccutcheon)
O mundo financeiro intensifica a visão positiva do país como risco, o nosso💥️ CDS quebrou o recorde que era de 111 pontos ao atingir 108,5 pontos, o que deixa evidente como está sendo avaliado o país conceitualmente como risco no mercado global, onde também agências de ratings melhoram suas avaliações.
Naturalmente que a “mudança abrupta das percepções no em torno do Brasil” para melhor impulsionam alterações de posicionamentos nos mercados e isto tende a se refletir pontualmente com contundência no mercado futuro de dólar, com desmanche de posições “compradas” que promoverão efeito “venda” e induzirão a depreciação do preço do dólar.
A Bovespa repercute na mesma linha com base nas expectativas e ganha impulso de valorização dos seus papéis e índice.
As decisões do BC/COPOM, FED americano e BCE muito aguardadas esta semana ocorreram em linha com as expectativas e, assim, não causaram efeitos maiores do que os já precificados.
No embate China-USA que tem tarifaço americano previsto para vigência a partir do dia 15, o Presidente Trump antes resoluto parece conviver com dúvidas e está ouvindo seu pares conselheiros a respeito. Temos ressaltado que o “risco” no em torno deste enfrentamento é de ocorrer fatos positivos, visto que os negativos já foram precificados.
A próxima semana será, em tese, a última completa do mês e sugere posturas defensivas até porque a sequente será muito seccionada e acarreta incertezas, entre as quais não se descarta que o ajuste no preço do dólar persista face às movimentações no mercado futuro de dólar.
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