Boeing decide parar produção do modelo 737 MAX, mas queima de caixa deve continuar
A Boeing, que produz o 737 ao sul da cidade norte-americana de Seattle, afirmou que não vai demitir nenhum dos quase 12 mil funcionários durante a interrupção da linha de produção (Imagem: Reuters/Lindsey Wasson)
A 💥️Boeing decidiu na segunda-feira suspender a produção do jato 737 MAX em janeiro, a maior interrupção em linha de produção da companhia em mais de 20 anos, pressionada pelos impactos da queda de dois aviões do modelo que foi impedido de voar no mundo este ano.
Apesar da decisão, a empresa deverá continuar queimando caixa enquanto deixa sua força de trabalho intacta e provavelmente terá de dar suporte a fornecedores, afirmaram analistas. Alguns deles estimaram a queima de caixa em cerca de 1 bilhão de dólares por mês.
A Boeing, que produz o 737 ao sul da cidade norte-americana de Seattle, afirmou que não vai demitir nenhum dos quase 12 mil funcionários durante a interrupção da linha de produção.
“Estimamos que a Boeing está queimando quase 2 bilhões de dólares por mês com a paralisação dos voos do MAX, mas isso não vai cair a zero durante a suspensão da produção”, disseram analistas do 💥️JPMorgan em relatório a clientes.
Os analistas avaliam que mais da metade dos custos vão continuar sendo registrados por conta de despesas com pessoal e apoio aos principais fornecedores, com a fabricante de fuselagens Spirit AeroSystems.
Analistas da Jeffreys estimam queima de caixa de mais de 730 milhões de dólares por mês.
A suspensão dos voos do MAX em março forçou a Boeing a cortar a produção das aeronaves de 52 para 42 unidades por mês e já custo à empresa mais de 9 bilhões de dólares até agora.
Para o terceiro trimestre, a Boeing reportou uma queda de 53% no lucro do período e um fluxo de caixa negativo de 2,89 bilhões de dólares. A fabricante de aviões, que está tentando concluir a aquisição da brasileira Embraer, divulgou na ocasião dívida de longo prazo de cerca de 21 bilhões de dólares.
Para que o MAX volte a voar nos Estados Unidos, a agência de aviação norte-americana FAA precisa certificar as mudanças no software do avião e sistemas de treinamento de pilotos. Outros reguladores globais, incluindo do Brasil, precisam também aprovar o retorno dos voos do avião que no país tem como operador a Gol.
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