Jair Bolsonaro critica vazamento de informações do Ministério Público
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Todo Poder tem que ter algum controle, diz Bolsonaro (Imagem: Isac Nóbrega/PR)
O presidente💥️ Jair Bolsonaro criticou, hoje (21), o vazamento de informações sigilosas no procedimento investigatório criminal instaurado para apurar supostas movimentações suspeitas envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho mais velho, o senador 💥️Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). Queiroz era lotado no gabinete do parlamentar à época em que Flávio era deputado estadual.
“Eu vou responder e sem a réplica. O processo está em segredo de Justiça. Quem é que julga? O MP [Ministério Público] ou o juiz? Os caras vazam e julgam. Paciência, pô. Qual a intenção? Um estardalhaço enorme”, disse durante entrevista de balanço de um ano de governo, concedida a jornalistas no Palácio do Alvorada, residência oficial.
O presidente também criticou os julgamentos sobre o caso sem ainda um processo judicial instaurado. “Será por que falta materialidade para ele e o que vale é o desgaste agora? Quem está feliz com essa exposição aí absurda na mídia? Alguém está feliz com isso.
Agora, se eu não tiver cabeça no lugar, eu alopro. Que leve o caso dele de acordo com a legislação que está aí”, acrescentou.
Para Bolsonaro, todo os poderes da República precisam ter alguma forma de controle, para evitar abusos. “Não é [controle] do Executivo. Quando começa a perder o controle, buscar pelo em ovo.
Eu sou réu no Supremo. Já sofri processos os mais variados possíveis. Então, a questão do Ministério Público está sendo um abuso, eu noto. Qual a interferência minha? Zero”, afirmou.
Reforma tributária
O presidente disse que não será possível reduzir a atual carga tributária no país, mas que é possível simplificar impostos. Ele disse não ver “tanta dificuldade” em aprovar uma reforma tributária no ano que vem.
“É do interesse da sociedade, como é a reforma da Previdência. Então, não vejo tanta dificuldade. O que tenho falado com Paulo Guedes [ministro da Economia] é usar mais a palavra simplificação e ver o que poder ser aprovado.
Se, no passado, todas as outras tentativas não deram certo, se tivesse simplificado um pouquinho hoje talvez não precisasse de uma reforma tributária.
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Segundo Jair Bolsonaro, não será possível reduzir a atual carga tributária no país, mas que é possível simplificar impostos (Imagem:Marcos Corrêa/PR/Flickr)
Vamos dar um passo. Nosso peso [despesa] obrigatório é muito alto, folha de pagamentos, a questão dos benefícios sociais, a gente gasta R$ 200 bilhões por ano, se botar o BPC [Benefício de Prestação Continuada], o Bolsa Família.
Seria bom que não tivesse essa despesa, porque seria sinal que de o povo está bem, mas tem que continuar isso daí. Não tem como fazer milagre. Está em torno de 36% nossa carga tributária, não tem como baixar, mas também não vamos aumentar. Deixo na mão do Paulo Guedes para ver o que ele acha melhor”, disse.
Embaixada em Jerusalém
O presidente afirmou que está mesmo empenhado em transferir a embaixada brasileira em Israel de Telaviv para Jerusalém.
“Esse é um simbolismo para o povo evangélico. Já conversei com todos [os países mulçumanos]. Ninguém foi 100% contra até agora. Teve gente que teve restrição.
Haveria retaliações econômicas da parte deles? Iriam comprar em outro lugar? Eu não estou impondo, se tivesse feito um decreto nesse sentido, [mas] estamos conversando, ué. É um direito nosso, meu como chefe de Estado”, disse.
A transferência da embaixada é uma promessa de campanha de Bolsonaro, mas esbarra em resistência de países islâmicos, que ocupam a terceira posição entre os principais importadores de produtos agrícolas brasileiros. Em 2018, as exportações para essas nações somaram US$ 16,4 bilhões.
A cidade de Jerusalém está no centro de confrontos e disputas entre palestinos (islâmicos) e israelenses (judeus), pois ambos reivindicam o local como sagrado. Além disso, a região de Jerusalém Oriental é considerada como capital de um futuro estado palestino.
Para evitar o agravamento da situação, os países consideram Tel Aviv como a capital administrativa de Israel, onde ficam as representações diplomáticas internacionais. Mesmo assim, em dezembro de 2017, o governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou a decisão de transferir a embaixada do país de Tel Aviv para Jerusalém.
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