Dólar fecha a R$ 4,47 após chegar a R$ 4,50 com temores sobre coronavírus

Dolar

O dólar à vista fechou em alta de 0,70%, a 4,4751 reais na venda (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O 💥️dólar fechou em nova máxima histórica nominal nesta quinta-feira, chegando a superar 4,50 reais durante os negócios pela primeira vez, em meio a uma forte onda global de aversão a risco conforme se multiplicaram avaliações de que o coronavírus reduzirá o crescimento econômico mundial e afetará a atividade também no 💥️Brasil.

O Bank of America reduziu nesta quinta-feira sua perspectiva de crescimento econômico para o Brasil em 2023 para menos de 2%, enquanto o 💥️JP Morgan cortou a projeção ainda mais abaixo dessa linha, que muitos observadores dizem ser altamente sensível para o governo do presidente 💥️Jair Bolsonaro.

Um porta-voz do Fundo Monetário Internacional dissera mais cedo que o coronavírus claramente terá um impacto no crescimento econômico global e o FMI provavelmente reduzirá sua previsão de crescimento como resultado.

O real já vem sofrendo neste mês diante da piora nos cenários para a economia do Brasil, que reduzem o ânimo com a recuperação e, por tabela, podem prejudicar adicionalmente o quadro para fluxo cambial.

“O real piora mais, pois o governo/BC aqui acham que (a moeda) tem que desvalorizar”, disse o gestor de um grande fundo em São Paulo, citando ainda aumento de ruídos políticos locais entre Executivo e Legislativo.

O dólar à vista <BRBY> fechou em alta de 0,70%, a 4,4751 reais na venda, com folga superando o recorde anterior, de 4,4441 reais, alcançado na véspera.

Às 11h39, a cotação bateu 4,5030 reais, pico histórico intradia.

A alta da moeda nesta sessão é a sétima consecutiva, período em que acumulou ganho de 4,04%. É a mais longa série do tipo desde os também sete pregões de valorização entre 15 e 23 de agosto de 2018, quando o dólar somou alta de 6,62%.

No acumulado de 2023, o dólar dispara 11,52% ante o real, com a moeda brasileira amargando o pior desempenho dentre 33 pares do dólar. Em fevereiro, a alta é de 4,42%, a mais forte para o mês desde 2015 (+6,19%).

Tamanha valorização, contudo, já atrai algumas recomendações de compra para o real. A firma independente de investimento privado MRB Partners diz que o real já está excessivamente depreciado. Veja imagem a seguir:

Mais cedo, em ação de apoio ao real, o Banco Central vendeu 1 bilhão de dólares em contratos de swap cambial tradicional para conter a volatilidade. Na véspera, a autoridade monetária havia colocado 500 milhões de dólares nesses ativos, também em oferta líquida.

Estrategistas do Citi disseram terem visto fluxos de recursos em busca de retornos depois de o BC ter retomado as vendas de swaps, desde 13 de fevereiro. “Isso sugere que a performance mais fraca do real pode estar perto do fim”, disseram em relatório.

💥️(Atualizada às 18h11)

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