Seca reduz em 16% safra de soja do RS e em 21% a de milho; novas perdas à vista
Com os problemas da seca, o Rio Grande do Sul deverá perder para Minas Gerais o posto de maior produtor (Imagem: REUTERS/Stringer)
A estimativa da safra de 💥️soja do 💥️Rio Grande do Sul, tradicionalmente o terceiro produtor do 💥️Brasil, foi reduzida em 16% nesta terça-feira, para 16,5 milhões de toneladas, por efeitos da seca que atingiu o Estado na temporada 2023/20, segundo pesquisa da Emater-RS.
A produção de milho do Rio Grande do Sul, que planta o cereal somente na primeira safra, sendo normalmente o principal produtor nacional do grão na colheita de verão, foi estimada em 4,7 milhões de toneladas, queda de 21% ante a projeção inicial, segundo a Emater, o órgão oficial de estimativas.
A falta de chuva também afetou as safras de feijão e de arroz, em menor escala. Mas o tempo seco indica ainda riscos para as safras de verão, apontou o secretário Estadual da Agricultura, Covatti Filho.
“Nós vemos algumas perdas muito significativas, em decorrência da estiagem, que ainda deixa o Rio Grande do Sul em alerta”, disse ele, durante a feira Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS).
No caso da soja, em comparação com a safra passada (2018/19), a estimativa indica redução de 10% na produção (Imagem: REUTERS/Bogdan Cristel)
“Podemos ter ainda um agravamento dessa estiagem nos próximos dias, que apresentam uma expectativa de previsão do tempo sem chuvas e que poderá transformar essa estiagem em seca, agravando ainda mais os reflexos negativos na safra de verão”, disse ele, segundo comunicado.
O Rio Grande do Sul é um dos poucos Estados a apresentarem problemas com a seca neste ano, enquanto outras regiões têm registrado chuvas abundantes que estão impulsionando as produtividades da soja e garantindo uma safra recorde da oleaginosa até o momento, de acordo com analistas.
Até meados do mês passado, algumas consultorias viam a safra do Brasil, maior exportador mundial de soja, que deve se consolidar também como maior produtor em 2023/20, acima de 125 milhões de toneladas.
Com os problemas da seca, o Rio Grande do Sul deverá perder para Minas Gerais o posto de maior produtor de milho na primeira safra & essa colheita, aliás, tem ajudado indústria de carnes, diante de estoques apertados do cereal que impulsionaram os preços recentemente.
No caso da soja, em comparação com a safra passada (2018/19), a estimativa indica redução de 10% na produção, por ora.
Ainda assim, esta será ainda a quinta maior safra de verão da história do Rio Grande do Sul, segundo a Emater.
Os efeitos da estiagem também afetaram as demais culturas de verão, como o feijão e o arroz.
A estimativa de safra de arroz já sofreu redução de 1,5%, para 7,4 milhões de toneladas, disse a Emater.
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