“Prove them Wrong”, afirma Bettina sobre o Dia Das Mulheres

“Não são poucas as vezes que leio e ouço críticas como ‘o que essa menina sabe pra ensinar algo pra alguém?!'” (Imagem: Divulgação)

💥️Por Bettina Rudolph, sócia da Empiricus Research Publicações

“Sua nota foi a maior entre os 52 participantes. O problema é que a vaga em aberto envolve contato diário só com homens. E você é bonita. Então, infelizmente, eu não me sinto à vontade em te aprovar”.

Nunca vou me esquecer desse dia, fui reprovada na seleção da empresa que mais queria trabalhar à época. Fiquei louca da vida por algumas horas, mas depois agradeci.

Se na seleção, o gênero já era mais importante que a nota na prova de lógica e raciocínio, imagina como seria lá dentro. Me livrei, ufa.

Mais que me livrei… poucos anos depois, conquistei um espaço no emprego da minha vida, onde estou até hoje e sou muito feliz. Hoje trabalho no mercado financeiro, setor majoritariamente masculino. Dentro da empresa, o respeito e reconhecimento são de sobra. Fora, porém, não são poucas as vezes que leio e ouço críticas como “o que essa menina sabe pra ensinar algo pra alguém?!” ou “você já tentou carreira de modelo?”.

Ser mulher não é fácil. Mesmo assim, é maravilhoso. Vejo o nosso gênero conquistando espaço a cada dia, a passos de formiga. Inch by inch.

O melhor de tudo isso, é que não há outra forma de combater se não o famoso “prove them wrong”. Fazendo todos os dias, entregando, nos desdobrando em mil… costumo falar que o mundo é dos fazedores. Uma mulher fazedora, então, tem toda a minha admiração.

O assunto também me traz outros pensamentos: se já sinto preconceito sendo branca e mulher padrão, estendo ainda mais admiração àquelas que lutam em combate a outros preconceitos.

Escrevo essas palavras hoje mesmo, na pressa, mas com um só objetivo: parabenizar as mulheres do fundo do coração. Mulheres do mercado financeiro, de outro setor, as donas de casa, as mães, as avós, as mães de bichinhos, as workaholics e aquelas que cumprem diversos papéis “sem descer do salto”, no sentido figurado, porque se elas quiserem fazer de tênis, o direito é delas.

Vocês são incríveis. Que hoje e sempre sejam cada vez mais felizes. Que ganhem, além de bombons, rosas e declarações em redes sociais, muito respeito, espaço e voz. Contem comigo.

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