Os melhores fundos imobiliários para se proteger do coronavírus

Solidez: fundos lastreados em imóveis são mais resistentes ao coronavírus (Agência Brasil/Arquivo)

A 💥️implosão do mercado global de ações (incluindo o 💥️Ibovespa, 💥️que acionou o circuit break quatro vezes nesta semana) afugenta os investidores mais conservadores da renda variável.

Uma opção são os 💥️fundos imobiliários, mas a 💥️XP Investimentos lembra que mesmo eles sofrerão com uma pandemia prolongada do 💥️coronavírus.

Renan Manda, que assina o relatório da XP, observa que, desde o fim do Carnaval, o Ibovespa acumula um tombo de 25%, enquanto o Ifix, índice de fundos imobiliários da B3, perdeu menos de 6%.

“Esperamos impacto limitado para os fundos imobiliários, dado que os imóveis pertencentes aos fundos estão localizados no Brasil”, afirma.

É claro que isso não impede que o vírus atinja – como já atingiu – o território brasileiro e, por tabela, edifícios administrados pelos fundos. No caso do agravamento da epidemia no país, a XP Investimentos acredita que alguns setores estão mais bem protegidos.

Proteção

Os mais imunes seriam os fundos imobiliários focados em galpões logísticos. O analista destaca duas características que favorecem essa aplicação no momento. A primeira é que, geralmente, os galpões ficam em áreas menos povoadas e, portanto, a expansão da doença teria menos impacto.

A segunda é que o agravamento da crise incentivará as pessoas a ficarem em casa. A menor circulação de consumidores incentivaria as compras online – e as empresas de varejo digital são extremamente dependentes dos centros de distribuição.

“Por isso, vemos uma probabilidade baixa de que haja impactos relevantes na vacância ou inadimplência [de galpões], durante um eventual aumento do contágio do coronavírus”, afirma Manda.

Outro lado

O esvaziamento das ruas, contudo, afetaria negativamente outro setor importante para os fundos imobiliários – os shopping centers. Uma epidemia prolongada poderia “afetar a capacidade de pagamento dos lojistas e resultaria em descontos e inadimplências pontuais”, explica.

Mas, mesmo no pior cenário, os fundos imobiliários seriam bastante resistentes. Para estimar o impacto de um forte evento sobre o setor, a gestora fez um paralelo com a greve dos caminhoneiros de 2018.

Shopping

Shoppings: setor é o mais frágil entre os fundos imobiliários, devido à potencial queda de vendas com o agravamento da pandemia (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

A paralisação reduziu o fluxo de clientes nos shoppings durante algumas semanas, de acordo com a XP. “Mas vimos que seu impacto foi marginal para as operações de FIIs e no preço das cotas, em comparação ao Ibovespa, mostrando sua resiliência”, diz o relatório.

Manda acrescenta que a queda recente dos fundos imobiliários criou “oportunidades para rebalanceamento de carteiras e pontos de entrada”. Ainda assim, diante das grandes incertezas geradas pela pandemia, a XP recomenda compras “moderadas e faseadas” de cotas. Ou seja: vá com calma.

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