Guedes anuncia programa de R$ 15 bi para ajuda a trabalhadores informais por 3 meses
Segundo Guedes, os beneficiários da nova iniciativa serão aqueles que não são contemplados hoje pelo Bolsa Família ou pelo BPC, citando vendedores de rua (Imagem: Ministério da Economia)
O governo lançará um programa de ajuda para autônomos em função do impacto na economia do 💥️coronavírus, que prevê a concessão direta de recursos aos trabalhadores informais ao custo de 5 bilhões de reais por mês, pelo prazo de três meses, afirmou o ministro da Economia, 💥️Paulo Guedes, nesta quarta-feira.
Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, ele afirmou que o novo programa representa o lançamento de uma “camada de proteção” para os autônomos e será assinado pelo presidente 💥️Jair Bolsonaro ainda nesta quarta-feira.
“Nós vamos lançar praticamente (um valor) em torno do 💥️Bolsa Família também, 200 reais, são duas cestas básicas”, disse. “Então pelo menos você assegura a manutenção de quem também está sendo vítima do impacto econômico da crise.”
Segundo o ministro, os beneficiários da nova iniciativa serão aqueles que não são contemplados hoje pelo Bolsa Família ou pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), citando vendedores de rua, entregadores e flanelinhas.
Guedes afirmou ainda que a medida de 15 bilhões de reais será possibilitada pela aprovação do estado de calamidade pública encaminhado por Bolsonaro ao 💥️Congresso, que abrirá espaço para o governo elevar seus gastos sem precisar cumprir a meta fiscal deste ano.
O ministro avaliou que, sem esse dispositivo, o governo teria que anunciar um contingenciamento de cerca de 40 bilhões de reais já nesta semana para assegurar o cumprimento da meta, estipulada em um déficit primário de 124,1 bilhões de reais para 2023.
“Isso (contingenciamento) não é coisa razoável. Saúde e defesa do emprego dos brasileiros estão acima de outros interesses”, afirmou.
A ação vem após o anúncio de medidas para o enfrentamento ao vírus que, em sua maioria, antecipavam pagamentos obrigatórios, remanejavam gastos e prorrogavam o recolhimento de tributos, num esforço até então capitaneado por Guedes de seguir mostrando comprometimento com o reequilíbrio das contas públicas enquanto outros países já anunciavam fortes estímulos fiscais para protegerem suas economias.
Contudo, conforme o coronavírus seguiu avançando pelo mundo, paralisando cadeias de produção, abalando mercados globais e impondo quarentenas, o governo passou a reconhecer a necessidade de mais recursos para enfrentar seus efeitos sobre a atividade.
Nesta quarta-feira, inclusive, o governo afirmou que não há como evitar o choque recessivo no Brasil no curto prazo na mensagem presidencial encaminhada ao Congresso, que pede o reconhecimento do estado de calamidade pública no país até 31 de dezembro por causa da pandemia do coronavírus.
Guedes afirmou que o governo seguirá anunciando novas medidas à medida que problemas econômicos forem identificados.
Nesse sentido, adiantou que o governo irá renegociar as dívidas das companhias aéreas e que estuda como o Estado pode bancar uma parte do salário para os empregados de micro e pequenas empresas.
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