Petrobras reduz gastos para enfrentar tempos “sem precedentes”, diz CEO
A empresa informou aporte de 8,5 bilhões de dólares para este ano (Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil)
A 💥️Petrobras (💥️PETR4) reduziu investimentos previstos para 2023, cortou gastos operacionais e adiou pagamento de dividendos, entre as diversas medidas para enfrentar o que o presidente da estatal acredita que possa ser o 💥️pior momento dos últimos 100 anos para a indústria de petróleo.
Em anúncio nesta quinta-feira, a empresa informou aporte de 8,5 bilhões de dólares para este ano, contra 12 bilhões previstos anteriormente, com a postergação de atividades exploratórias, da interligação de poços e da construção de instalações de produção e refino.
A empresa também decidiu reduzir a produção de petróleo em 100 mil barris por dia (bpd) até o fim de março, tornando-se a primeira grande empresa estatal de petróleo a anunciar uma redução significativa na produção em resposta à pandemia do novo 💥️coronavírus.
As medidas ocorrem diante de um recuo de 60% no preço de referência do petróleo Brent neste ano até o momento, como reflexo de uma queda da demanda devido ao combate ao vírus e de uma guerra de preços travada entre as gigantes produtoras 💥️Arábia Saudita e 💥️Rússia.
Avaliação positiva
A empresa desembolsou ainda duas novas linhas de crédito, que somam 3,5 bilhões de reais, além dos cerca de 8 bilhões de dólares de linhas de crédito compromissadas que já entraram no caixa, e realizou cortes operacionais e de recursos humanos.
Analistas de mercado receberam as iniciativas de forma positiva.
“Junto das medidas relacionadas a linhas de crédito, vemos a companhia numa situação ainda confortável em termos de liquidez”, afirmaram analistas do 💥️BTG Pactual (💥️BPAC11) em nota a clientes.
“A mensagem que fica é que a companhia está numa sólida posição para enfrentar a crise, ao menos versus a maioria de seus pares.”
O 💥️Itaú BBA, por sua vez, ponderou que apesar do anúncio da petroleira ser positivo e aliviar a pressão de liquidez a curto prazo, ele já era esperado.
“O principal fator continuará sendo a recuperação dos preços do petróleo; que atualmente permanece deprimido devido a um excesso de oferta e demanda por contratação”, afirmou.
Apesar de todo o cenário, a Petrobras seguirá adiante com seu plano bilionário de desinvestimentos, que prevê levantar entre 20 bilhões e 30 bilhões de dólares no período 2023-2024, caso obtenha preços favoráveis por seus ativos.
Aos analistas, Castello Branco destacou não ter visto indicação do mercado de que haja menos interesse pelos ativos da empresa, que busca focar em ativos mais rentáveis, essencialmente de exploração e produção em águas profundas, enquanto luta para reduzir sua dívida.
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