Questão da vacina não é quando, mas quanto, diz Sanofi
A Sanofi trabalha com a rival GlaxoSmithKline para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus (Imagem: Facebook/Sanofi Brasil)
O presidente de uma das maiores fabricantes de vacinas do mundo diz que a 💥️Europa precisa acordar para o desafio de produzir doses suficientes para acabar com a pandemia de 💥️coronavírus.
Enquanto algumas discussões focam no prazo e nos detalhes de como desenvolver a vacina, Paul Hudson, CEO da Sanofi, destaca a capacidade do continente de produzir o suficiente para atender à demanda.
“Há menos preocupação em encontrar uma vacina bem-sucedida do que em produzir os volumes necessários”, disse Hudson a repórteres na sexta-feira.
A Sanofi trabalha com a rival GlaxoSmithKline para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus, competindo contra outras gigantes farmacêuticas como a💥️ Johnson & Johnson e empresas de biotecnologias mais ágeis, como a Moderna. A maioria delas pretende lançar uma vacina em algum momento em 2023.
Os EUA podem estar em posição de conseguir a vacinação primeiro, segundo Hudson, graças à Autoridade Biomédica de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado, uma agência governamental que apoia o desenvolvimento de vacinas. Não há coordenação semelhante na Europa.
“Não queremos chegar no próximo verão e não ter vacinas suficientes para a Europa”, disse Hudson.
‘Não podemos esperar’
A Sanofi apresentou propostas a países da UE e à Comissão Europeia para enfrentar o desafio da fabricação, disse o executivo, sem dar detalhes.
O programa de produção precisa começar em breve para garantir a quantidade suficiente de doses, afirmou. Se os dados chegarem em junho do ano que vem, “não podemos esperar até junho para começar a fabricar”, explicou. “Precisamos começar a fabricar em janeiro.”
A Wellcome Trust, do Reino Unido, disse que seriam necessários cerca de US$ 8 bilhões neste mês para financiar o desenvolvimento de medicamentos, vacinas e outras ferramentas para combater o vírus.
Será necessário muito mais do que isso para fabricar doses suficientes para atender à demanda global e garantir que ninguém seja deixado para trás, disseram repreentantes da organização a repórteres no início desta semana.
Os volumes de vacinas necessários para combater o Covid-19 estão fora do alcance de muitas empresas de menor porte e parcerias, de acordo com Hudson.
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