📈 Do PSI à bitcoin: 2024 nos mercados em 10 gráficos &

Da bolsa nacional, onde brilhou o BCP, à loucura em torno da bitcoin, passando pelo forte alívio das Euribor, assim foi o ano nos mercados financeiros em todo o mundo.

Família EDP condiciona bolsa nacional

Ao contrário das bolsas europeias, o PSI encerrou o ano com saldo vermelho. O principal índice bolsista nacional não conseguiu acompanhar os pares europeus e termina 2024 com uma perda ligeira de cerca de 0,30%. Foi sobretudo arrastada pelos péssimos desempenhos da EDP e da EDP Renováveis, que foram os piores títulos da bolsa nacional ao longo do ano que agora termina.

Fonte: Refinitiv

Lucros e dividendos destacam BCP

O BCP voltou a ser a melhor ação do PSI pelo segundo ano seguido. O banco vinha de um período de depressão, marcada por uma reestruturação, mas deu a volta com a ajuda da subida das taxas de juro. Para o próximo ciclo estratégico promete muitos dividendos nos próximos anos e poderá ser protagonista na consolidação do mercado. O título mais líquido da bolsa nacional deixa 2024 com uma apreciação de quase 70%.

Fonte: Refinitiv

Trump penaliza EDP Renováveis

Já a EDP Renováveis fechou o ano com a maior desvalorização da bolsa nacional: perdeu 46%. Arrastou consigo a casa-mãe EDP. O regresso de Trump à Casa Branca deixou marcas no setor das energias renováveis em todo o mundo, sobretudo na ✅utilitie portuguesa com forte exposição ao mercado americano.

Fonte: Refinitiv

Ações europeias valorizam pelo segundo ano, mas aquém de Wall Street

No global, as praças europeias tiveram um ano positivo, aproveitando o desagravamento das taxas de juro dos bancos centrais em todo o mundo. O Stoxx 600 — com as 600 principais empresas e bancos do Velho Continente — acumulou uma valorização de cerca de 6% em 2024, depois de ter subido quase 13%. É um desempenho positivo para as ações europeias, mas ficou aquém de Wall Street, como veremos a seguir.

Fonte: Refinitiv

S&P 500 dispara 23%

O pujante mercado americano voltou a dar sinais de força em 2024. O S&P 500, o mais influente índice acionista mundial, somou 23% e bate recordes atrás de recordes, superando largamente o desempenho das ações europeias. A agenda económica de Trump já deu um impulso às ações, ainda que o próximo inquilino da Casa Branca ainda não tenha tomado posse. O novo ano traz, por isso, oportunidades, mas também riscos.

Fonte: Refinitiv

Euro a caminho da paridade?

O euro é outro dos grandes perdedores do ano. Não só o dólar ganhou um novo impulso com a eleição de Trump em novembro, mas também a situação económica e política nos motores da Zona Euro — Alemanha e França — atiraram a moeda única para um caminho em que há quem aponte para a paridade com a nota verde. O euro fecha o ano a cotar nos 1,04 dólares e em clara baixa de forma.

Fonte: Refinitiv

Bitcoin supera barreira dos 100 mil dólares

Para a bitcoin 2024 foi um ano de recordes. Pela primeira vez quebrou a barreira dos 100 mil dólares — aconteceu já nos últimos dias do ano. O que sucedeu? O grande impulsionador foi Donald Trump, recém-eleito Presidente dos EUA e cuja agenda política promete ser uma aliada das criptomoedas. O louco fim de 2024 — fecha o ano com uma valorização de 115% — traz muita expectativa para o que vai acontecer em 2025.

Fonte: Refinitiv

Ouro volta a brilhar

O ouro valorizou mais de 25% em 2024 e é um dos protagonistas num ano marcado pela descida das taxas de juro (que voltaram a ser negativas em termos reais) e pela crescente incerteza geopolítica no cenário mundial. Por outro lado, os bancos centrais mostraram apetite pelo metal amarelo que continua a ser visto como um porto de abrigo em temos de turbulência. Com isso, o ouro teve o melhor ano desde 2010 e aproxima-se dos 3.000 dólares por onça.

Fonte: Refinitiv

Euribor alivia bolso das famílias

Também por conta do alívio da política monetária do BCE, as Euribor tiveram uma descida acentuada ao longo do ano. Estas taxas iniciaram 2024 acima dos 3,5% e despedem-se do velho ano cada mais próximo dos 2%. Para as famílias a pagar o crédito da casa ao banco terá sido a boa notícia do ano: a prestação mensal da casa baixou até 130 euros — o que num ano se traduz num alívio superior a 1500 euros. Até onde vão baixar ainda mais as Euribor?

Fonte: Refinitiv

Petróleo baixa 2% com olhos postos na China

No mercado petrolífero, com duas guerras a marcarem o ritmo das cotações dos barris, os sinais de arrefecimento da China — o maior importador mundial desta ✅commoditie — condicionaram a evolução do preço do petróleo. O Brent cede cerca de 2% este ano, o que não deixa de ser uma boa notícia, depois das fortes valorizações em 2023 e 2022.

Fonte: Refinitiv

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