‘Modo Moro’ substitui ‘modo EUA’, pressiona o dólar e derruba a soja
Soja e milho viraram para o negativo depois de um período no positivo, por pressão do dólar no Brasil (Imagem: Reuters/ Tingshu Wang)
Do ‘modo Estados Unidos’, visto nas primeiras horas da manhã, a soja virou para ‘modo Moro’. A confirmação da saída do ex-ministro da Justiça atiçou o dólar, que desatiçou as cotações do grão. E puxa junto o milho.
Ambos caminham para fechar em queda nesta sexta (23), quando tudo indicava que saíssem para a segunda em alta com a entrada da China buscando mais soja nos Estados Unidos.
A comodity fica mais barata na troca pela divisa americana e o mercado enxerga os importadores com mais tração por aqui, explica Marlos Correa, da InSoy Commodities.
E podendo tirar o fôlego pela soja dos Estados Unidos, mais cara, cujas compras vinham dando margem a ganhos, Chicago (CBOT) foi para a tabela negativa. É verdade que há um tanto de ajuda pelo plantio americano indo bem.
Agora, 14h35 (Brasília), os contratos perdem mais do que ganhavam pela manhã, com o maio em menos 1,21%/US$ 8,27. O dólar por aqui ronda acima dos R$ 5,70, em alta de 3,29%.
O milho cai também. Já estava prejudicado pela baixa fabricação de etanol nos Estados Unidos e passou a ter influência da baixa da soja, conclui Marlos Correa.
O cereal recua 1,92% em Chicago, a US$ 3,12 o vencimento maio.
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