Rastrear detritos plásticos pode ajudar a limpar oceanos

Estimativas publicadas anteriormente mostram que cerca de 12,7 milhões de toneladas são despejadas no oceano a cada ano (Imagem: Unsplash/@cristianpalmer)

Em sua existência, o lixo plástico sempre conseguiu encontrar o caminho para o 💥️oceano, mas nunca como aconteceu há alguns anos na ilha grega de Lesbos.

Nessa ilha, um grupo de pessoas recolheu uma pequena quantidade de garrafas plásticas, sacolas e redes de pesca, montou plataformas e deixou que flutuassem (temporariamente) pelo mar.

As plataformas de plástico foram um experimento para saber se seriam captadas por satélites e drones voadores. Os resultados, utilizados em pesquisa 💥️publicada pela revista Nature Scientific Reports, mostraram que os satélites podiam captar as aglomerações de plástico se movimentando no mar.

Usando inteligência artificial, os pesquisadores também conseguiram discernir o lixo de materiais naturais como algas, madeira e até espuma do mar.

Detectar os chamados “macroplásticos” (pedaços, sacolas e garrafas maiores que 5 milímetros) antes de se degradarem em partículas menores já foi tentado anteriormente.

Até recentemente, no entanto, os satélites não conseguiam produzir imagens com detalhes suficientes e com frequência suficiente para identificar e rastrear com precisão detritos plásticos.

Estimativas publicadas anteriormente mostram que cerca de 12,7 milhões de toneladas são despejadas no oceano a cada ano.

Coordenado por Lauren Biermann, do Laboratório Marítimo de Plymouth, no Reino Unido, o estudo usou imagens dos satélites Sentinel-2 da Agência Espacial Europeia, que captam imagens de alta resolução de grande parte do mundo a cada cinco dias.

Os pesquisadores desenvolveram um método para identificar assinaturas ópticas de comprimentos de onda da luz & visíveis e infravermelhos & de materiais comumente encontrados em fragmentos de detritos.

Eles usaram essas informações para treinar um algoritmo de aprendizado de máquina, capaz de distinguir detritos naturais do plástico em cerca de 86% das vezes em testes.

Os dados foram validados contra as imagens tiradas anteriormente de plásticos flutuando ao redor de Lesbos.

Lauren considera o trabalho um passo para reunir pesquisadores de plásticos marinhos e especialistas em sensores de satélite. A abordagem pode ser usada, diz, com qualquer plataforma de sensoriamento remoto que opere quase da mesma maneira que o Sentinel-2, incluindo drones e outros satélites de alta resolução.

“Embora isso não resolva o problema de poluição dos plásticos marinhos”, explica, as visões em larga escala adotadas por satélites e drones oferecem maneiras aprimoradas de “observar e rastrear plásticos flutuantes, e esperamos que nosso trabalho acabe apoiando operações de limpeza ativa”.

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