Petrobras: coronavírus não vira “catástrofe” e analistas mantêm a fé no papel
Imunidade: Petrobras não foi tão atingida pela pandemia, quanto se esperava (Imagem: Valter Silveira/Money Times)
A prévia operacional divulgada pela 💥️Petrobras 💥️(PETR3; PETR4) e, sobretudo, a notícia de que a 💥️demanda da companhia ficou acima da prevista em abril reforçaram a confiança dos analistas em relação ao potencial das ações da petrolífera. Os primeiros relatórios divulgados, pelo menos, apontam nessa direção.
Thiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola, que assinam o relatório do 💥️BTG Pactual, observam que, embora os resultados estejam “indiscutivelmente abaixo do potencial da Petrobras, defendemos que os impactos da 💥️Covid-19 nos volumes de produção e vendas estiveram longe de ser catastróficos”.
Cauteloso, o trio acrescenta um “pelo menos, até agora”, e lembra que alguns dos pilares que sustentavam sua tese de investimentos na Petrobras desmoronaram. Os principais eram a expectativa de que a companhia reduzisse seu nível de endividamento e a estratégia de redução de riscos.
Mas, o BTG Pactual afirma que, apesar de tudo, algumas métricas sustentam o otimismo com a empresa. O valor de mercado, por exemplo, é atualmente apenas um terço do valor da empresa (enterprise value, que soma o valor de mercado aos ativos e dívidas de uma companhia).
Dívidas, o ponto a ser acompanhado
“Isso significa que a Petrobras é, mais do que nunca, uma empresa alavancada no setor de petróleo”, diz o banco. Seu otimismo, porém, vem de uma “visão mais construtiva” sobre o longo prazo da empresa, que inclui a expectativa de recuperação dos preços do petróleo no mercado mundial.
Tudo somado, o BTG recomenda a compra das ações, com preço-alvo de US$ 9 para a ADR (American Depositary Receipt) da companhia (PBR) negociada em Nova York.
Esse também é o ponto em que o 💥️UBS se apega para sustentar sua recomendação de compra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$ 23 para PETR3 e de R$ 21 para PETR4.
“Reconhecemos que o caso de investimento da Petrobras é, por ora, fortemente dependente da recuperação do preço do petróleo”, dizem Luiz Carvalho e Gabriel Barra, que assinam a análise. “Mas, vemos um significativo upside, quando o óleo voltar a um patamar mais alto”, acrescentam.
Os investidores parecem concordar com as avaliações. Por volta das 14h25, as ações preferenciais (PETR4) subiam 2,8% e eram negociadas a R$ 16,91. Já as ordinárias (PETR3) avançavam 4,46%, para R$ 17,55. O 💥️Ibovespa, principal índice da 💥️B3, rendia 3,33%, aos 80.843 pontos.
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