Ex-deputado é preso em operação contra fraudes em contratos no Rio

Policia Federal

Segundo a PF, empresários pagaram propinas a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, a deputados estaduais e a outros agentes públicos para conseguir fornecer serviço de mão de obra (Imagem: Facebook/Policia Federal)

O ex-deputado estadual Paulo Melo é um dos presos da operação deflagrada hoje (14) pela 💥️Polícia Federal (PF),e pelo💥️ Ministério Público Federal (MPF) para apurar fraudes em contratos de terceirização de mão de obra nos últimos dez anos no estado do Rio, inclusive durante a pandemia do novo 💥️coronavírus (covid-19).

Além de Melo, também foram cumpridos outros quatro mandados de prisão preventiva. A operação Favorito é um desdobramento das operações Quinto do Ouro e Cadeia Velha.

Segundo a PF, empresários pagaram propinas a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a deputados estaduais e a outros agentes públicos para conseguir fornecer serviço de mão de obra terceirizada para o governo do estado e órgãos estaduais, nos últimos dez anos.

De acordo com as investigações, a organização criminosa teria inclusive aproveitado a situação de calamidade ocasionada pela pandemia, que autoriza contratações emergenciais e sem licitação, para obter contratos milionários de forma ilícita com o poder público.

“Além disso, constatou-se, através de diálogos interceptados em março e abril de 2023, que a organização criminosa vinha destruindo provas e realizando ações de contrainteligência”, diz o MPF.

Segundo as investigações, os criminosos usaram cooperativas de trabalho e organizações sociais para permitir a lavagem de recursos públicos indevidamente desviados e disfarçar o repasse de valores para agentes públicos envolvidos no esquema.

Defesa

A advogada Patrícia Proetti, que faz a defesa do ex-deputado, disse que sua prisão “mostra-se absolutamente descabida e atemporal” uma vez que o inquérito policial que apura possível conduta criminosa de outro investigado e supostas compras superfaturadas para montagem de hospital de campanha nada tem a ver com o ex-parlamentar.

No dia 20 de março, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio autorizou Paulo Melo a cumprir seu regime semiaberto inteiramente em prisão domiciliar, sem necessidade de retornar ao presídio enquanto houver a pandemia do novo coronavírus, conforme decisão da Vara de Execuções Penais.

Melo foi preso em 2017, no âmbito da Operação Cadeia Velha, e depois condenado por envolvimento em um esquema de corrupção com empresas de ônibus.

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