Médicos avançam para greve ao trabalho extraordinário a partir de janeiro - Executive Digest

Os médicos vão avançar para a greve ao trabalho extraordinário nos cuidados de saúde primários a partir de janeiro, avançou esta segunda-feira a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

Em comunicado, o sindicato salientou a “banalização da prestação do trabalho extraordinário que o Ministério da Saúde, liderado por Ana Paula Martins, está a tentar impor e que condiciona o acesso dos utentes ao seu médico de família”.

De acordo com a FNAM, a atribuição automática, a partir de 2025, de médico a utentes sem médico de família “viola a legislação em vigor”, uma medida de um ‘pacote’ que foi decidido “sem consultar os médicos ou estruturas representativas”.

“A FNAM exige o fim da propaganda deste Ministério da Saúde e do ruído que alimenta a sua desresponsabilização, em substituição de uma verdadeira negociação com os médicos. Esta negociação deve ser séria e com soluções, não apenas para os médicos de família, mas para todo o ecossistema do SNS, e, sobretudo, para os utentes, que são os maiores prejudicados com as políticas desastrosas em vigor”, referiu a FNAM.

Embora não tenha especificado datas, o comunicado apontou que a greve deve prolongar-se até ao final do primeiro semestre se o Governo “persistir na violação dos procedimentos da contratação coletiva, e a negociar apenas para gerir sua imagem pública face à tragédia da sua governação”.

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